Mais

UEFA reuniu-se com A22 Sports, mas reafirma oposição à Superliga Europeia

Aleksander Ceferin mostra-se irredutível perante a Superliga Europeia
Aleksander Ceferin mostra-se irredutível perante a Superliga EuropeiaUEFA
As duas partes tiveram um encontro, esta terça-feira, em Nyon, com Aleksander Ceferin a encabeçar a delegação do organismo que lidera o futebol europeu falou com Bernd Reichart, CEO da entidade que está a tentar organizar uma nova prova de clubes europeus. Domingos Soares de Oliveira, CEO do Benfica, participou no encontro.

Era uma reunião aguardada com expectativa, mas acabou por não ter grande surpresa. Representantes da A22 Sports, empresa que está responsável por organizar a Superliga Europeia, e a UEFA, entidade que gere o futebol no Velho Continente, encontraram-se esta terça-feira em Nyon, na Suíça, mas não existiu nenhum acordo.

Através de um comunicado, a UEFA frisou que mantém a oposição ao projecto da Superliga Europeia, refutando ‘’qualquer lógica que está na base da competição’’. ‘’Todos os envolvidos perceberam que o CEO da A22 Sports não representa nenhum dos clubes envolvidos, incluindo os três (Barcelona, Real Madrid e Juventus) que ainda se mantêm abertamente a favor’’, pode ler-se no comunicado em que a UEFA reafirma ter o apoio unânime do Parlamento Europeia, da Comissão Europeia e de vários executivos nacionais.

No encontro, ao lado de Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, estiveram nomes como Javier Tebas (presidente da LaLiga), Mathieu Moreuil (diretor internacional da Premier League), Luigi De Siervo (presidente da Serie A), Nasser Al-Khelaifi (presidente do PSG e presidente da Associação de Clubes Europeus), Karl-Heinz Rumenigge (Membro do Comité Executivo da UEFA), David Aganzo (presidente da FIFPro), Domingos Soares de Oliveira (CEO do Benfica), Oliver Kahn (CEO do Bayern) ou Edwin van der Sar (CEO do Ajax). Enquanto do lado da A22 Sports esteve o CEO Bernd Reichart, acompanhado de Anas Laghrari e John Han.

A Superliga Europeia foi um projeto anunciado em abril de 2021 e pretendia substituir a Liga dos Campeões. O projeto teve 12 clubes como fundadores (Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Inter de Milão, Milan, Juventus, Atlético Madrid, Barcelona e Real Madrid) e Florentino Pérez, líder dos merengues, como presidente.

Iria disputar-se com 20 clubes (15 membros permanentes e cinco lugares de qualificação), divididos em dois grupos de 10. Os quatro primeiros de cada agrupamento avançam para uma final four que se ia disputar a duas mãos. Esperava-se que gerasse uma receita avaliada em 10 mil milhões de euros.

Dos 12 membros fundadores, só Barcelona, Real Madrid e Juventus é que ainda não se afastaram da intenção de avançar com o processo. Os restantes desistiram devido aos protestos gerados pelos adeptos.