Em causa está o contrato de apoio financeiro por parte da SCML à seleção feminina e à Taça de Portugal masculina, que terminou recentemente, sem ser renovado, e que obriga a FPV a “encontrar outras formas”.
“Não é fácil encontrar patrocínios para o desporto. Temos que trabalhar muito para encontrar forma de conseguir levar as coisas para a frente”, disse à agência Lusa Vicente Araújo.
O presidente da FPV apontou ainda que o corte nos patrocínios da SCML irá provocar dificuldades às federações, que já vivem “momentos complicados” com as verbas do Governo a serem praticamente iguais às do ano passado.
A SCML avisou várias federações da necessidade de rever o plano de patrocínios, a menos de um ano dos Jogos Olímpicos Paris2024, através de cartas assinadas pela provedora Ana Jorge, que assumiu funções em 02 de maio último.
Em causa, de acordo com várias das missivas a que a Lusa teve acesso, está a revisão do “plano de patrocínios delineado para 2023”, advertindo, ainda, que o patrocínio, em nome dos Jogos Santa Casa, na sua maioria, além dos contratos em vigor não está assegurado.
A justificação para este corte prende-se com “a conjuntura económico-social que se vive” que conferiu “novas exigências sociais e financeiras à SCML no que diz respeito ao apoio das populações mais vulneráveis”.
Ana Jorge assume-se certa de que estas entidades desportivas “compreenderão” a “difícil decisão pelas razões evidenciadas”, sem excluir “uma eventual reavaliação futura desta situação caso as premissas se alterem”.