Este argumento surge no contexto da investigação aprofundada da revista desportiva americana sobre o caso de doping da tenista romena Simona Halep.
A romena foi condenada a uma suspensão de quatro anos por infrações relacionadas com doping, anunciou a Agência Internacional para a Integridade do Ténis (ITIA) no seu site oficial, a 12 de setembro.
Uma das infrações foi um teste antidoping que continha vestígios de roxadustat, que faz parte da lista de substâncias proibidas. O outro diz respeito a irregularidades no seu passaporte biológico.
No ano passado, no Open dos Estados Unidos, Wozniacki acusou positivo num teste antidoping e foi suspensa temporariamente a partir de 7 de outubro.
Caroline Wozniacki considera que há várias coisas erradas neste caso. Por exemplo, o facto de Halep ter tido de esperar tanto tempo para tratar do caso.
"Antes de mais, sou contra todos os atrasos neste caso. O processo deveria ser muito mais rápido. É emocionalmente demasiado difícil para os atletas viverem com esta incerteza", diz Wozniacki, que também acredita que os outros tenistas devem abster-se de fazer declarações negativas sobre Halep, pelo menos até o caso estar finalizado.
"As opiniões dos rivais afetam a opinião pública. Deveria haver mais respeito, pelo menos até ao julgamento final. Como podem os atletas acusados regressar ao desporto se todos os tratam como batoteiros, se há uma amostra contaminada?", questionou.
Por último, Wozniacki, que regressou recentemente ao US Open, salienta que, se os jogadores forem considerados culpados de doping, as suas equipas também devem ser penalizadas.
"Não é justo que os atletas recebam todas as sanções e que as suas equipas fiquem impunes. Os jogadores contratam especialistas para fazerem o trabalho por eles; não são especialistas em nutrição ou química. A equipa deve receber a parte de leão do castigo... é da sua responsabilidade", defendeu.