Carlo Ancelotti não ficou satisfeito com o deslize do Real Madrid frente ao Bétis, já que os merengues estão cada vez mais distantes do Barcelona, que venceu o Valência (1-0). O técnico foi autocrítico na sala de imprensa, mas lembrou que a sua equipa é a mesma que conseguiu marcar cinco golos em Anfield.
No rescaldo, o timoneiro destacou a exibição de Éder Militão, que fez "um jogo fantástico", e percorreu os principais problemas que nota no grupo de trabalho, que tem revelado pouco acerto na hora de finalizar.
"Foi um jogo aberto, como queríamos, mas faltou-nos eficácia. Fazemos sempre mais um drible, mais um passe, demasiados entraves e poucos remates. Isso fez com que não tenhamos marcado nos três últimos jogos (em lance corrido). É um dado muito evidente. Felizmente, estivemos melhor atrás. Também temos de estar bem no ataque. Falta-nos equlíbrio", realçou.
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Questionado pelas substituições, Ancelotti explicou que "Camavinga saiu porque tinha amarelo" e que tentou "imprimir mais energia com Ceballos", mudando "o sistema para jogar em 4-3-3". "Fizemo-lo bem nos últimos 30 minutos", afiançou, antes de abordar a falta de minutos de Asensio: "Tinha Rodrygo, Karim (Benzema), Vini (Junior)... Eles estão bem. É difícil explicar por que razão não jogou. Aqueceu, mas pensei em encontrar uma solução sem ele".
Depois de novo empate para a LaLiga, o treinador italiano admitiu estar insatisfeito com o momento atual do Real Madrid. "Estou afetado, muito chateado. É muito estranho que esta equipa, com a qualidade que tem, não seja capaz de marcar um golo em três jogos. O problema está aí. Não escolhemos a melhor solução possível. Arriscamos quando não devemos, passamos quando temos de rematar... Isso é o que está a acontecer. É um problema coletivo de decisões individuais".
Com o Barcelona a nove pontos, numa altura em que consegue vencer mesmo sem jogar bem e até em situações de inferioridade numérica, o título parece que não vai escapar ao emblema blaugrana, mas Ancelotti ainda confia numa inversão de contexto. "Ainda não está perdido. A vantagem é grande, nove pontos, mas temos de lutar até ao final. Não sei o que vai acontecer. Faltam muitos jogos, mas é evidente que temos de melhorar", concluiu.