Análise Dinamarca: Turma de Hjumand pode emular a geração Dinamite e Dinamáquina

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Análise Dinamarca: Turma de Hjumand pode emular a geração Dinamite e Dinamáquina

Análise Dinamarca: Turma de Hjumand pode emular a geração Dinamite e Dinamáquina
Análise Dinamarca: Turma de Hjumand pode emular a geração Dinamite e DinamáquinaProfimedia
Após o Campeonato Europeu de 2020, muitos peritos teriam assinalado que a Dinamarca seria um outsider para levantar o troféu do Campeonato do Mundo. No entanto, muito mudou desde então e Kasper Hjulmand viaja para o Catar com uma equipa que chega com pouca ritmo de jogo em posições-chave após lesões de longa duração. Ainda assim, a Dinamarca está tão bem-dotada em todas as posições que, num dia bom, podem vencer as melhores seleções.

Introdução

Nos últimos anos, a equipa nacional dinamarquesa deu grandes passos no ranking FIFA. Um trajeto até às meias-finais do Campeonato Europeu de 2020, disputado em 2021, um primeiro lugar no grupo de qualificação Mundial-2022 e fortes desempenhos na Liga das Nações colocaram a Dinamarca no 10.º lugar do ranking mundial. O registo global de Hjulmand antes de junho de 2022 era de 19-3-6, incluindo um empate em tempo regulamentar com a Inglaterra na meia-final do Campeonato Europeu.

Perderam duas vezes com a Bélgica, uma com a Finlândia – no jogo marcado pela insuficiência cardíaca de Eriksen –, outra com a Escócia na fase de qualificação – quando já se tinham assegurado a presença no Mundial – e finalmente com Países Baixos quando a defesa estava severamente enfraquecida.

Sob Hjulmand, a seleção encontrou um sistema de jogo eficaz e divertido, com muita pressão sobre o portador da bola e com rápidas transições e alas ofensivos. Dependendo do adversário e do encontra, Hjulmand opera com dois ou três defesas centrais, mas contra a França, em setembro, mudou surpreendentemente para uma formação 4-2-3-1.

Há muitos jovens talentos famintos no plantel, mas há também um núcleo sólido de habituais titulares, como Kasper Schmeichel, Simon Kjær e Christian Eriksen, que são os portadores da cultura da equipa. Hjulmand voltou a reunir a nação em torno da seleção nacional e há um grande otimismo antes das finais do Campeonato do Mundo. Esta é uma equipa que nos seus melhores dias pode prometer o melhor.

De recordar, que os dinamarqueses já por duas vezes foram a equipa sensação em grandes torneios. Os apelidos Dinamite Dinamarquesa e Dinamáquina tornaram-se famosos depois das campanhas no Campeonato Europeu de 1984 – quando chegaram às meias-finais – e, em 1992, chegaram mesmo a vencer o torneio depois de terem falhado a qualificação!

No Campeonato do Mundo de 1986, surpreenderam ao vencer os três jogos da fase de grupos com a Escócia (1-0), Uruguai (6-1) e a toda poderosa Alemanha Ocidental (2-0), mas caíram nos oitavos de final perante a Espanha (5-1).

Pontos fortes

A equipa nacional dinamarquesa tornou-se ainda mais próxima após a paragem cardíaca de Christian Eriksen no jogo com a Finlândia no Campeonato Europeu de 2020. Os dinamarqueses conseguiram chegar às meias-finais, onde perderam com a Inglaterra apenas no prolongamento. Foi o ponto final de uma caminhada em que a equipa dinamarquesa foi muito elogiada.

A equipa nacional está bem montada e tem tido grande sucesso recentemente, incluindo duas vitórias sobre os atuais campeões mundiais franceses. É esta harmonia e sucesso que é a força da formação e lhes dá muita confiança para este torneio.

Irão os dinamarqueses festejar no Catar?
Irão os dinamarqueses festejar no Catar?Profimedia

Insuficiências

O ponto fraco dos dinamarqueses é que vários elementos não estão a ter o tempo de jogo desejado nos respetivos clubes. Jogadores como Thomas Delaney, Kasper Dolberg e Mikkel Damsgaard estão numa situação em que não têm um ritmo de jogo ideal.

Outros jogadores como Andreas Cornelius, Jonas Wind, Christian Nørgaard e Andreas Christensen foram todos atingidos por lesões e não devem a 100%.

XI Ideal

Pode ser difícil identificar a formação inicial, uma vez que o treinador nacional Kasper Hjulmand tem alternado entre duas sistemas. A Dinamarca tem alternado entre 4-3-3 e 3-4-3.

Eis um olhar sobre o 11 inicial para a primeira partida contra a Tunísia:

4-3-3

SchmeichelRasmus Kristensen, Simon Kjaer, Joachim Andersen, Joakim MaehleTomas Delaney, Hojbjerg, EriksenLindstrom, Dolberg, Skov Olsen.

3-4-3

Schmeichel – Andreas Christensen, Simon Kjaer, Joachim Andersen – Rasmus Kristensen - Thomas Delaney, Hojbjerg, Joakim Maehle – Skov Olsen, Dolberg, Eriksen

Kasper Schmeichel é uma escolha segura para a baliza
Kasper Schmeichel é uma escolha segura para a balizaProfimedia

Kasper Schmeichel tem sido a escolha número 1 na baliza há vários anos. Embora o guarda-redes dinamarquês tenha tido um começo difícil no Nice, da Liga francesa, elevou o seu nível de forma e parece novamente o guarda-redes de topo que os adeptos se habituaram a ver.

Na defesa, o capitão, Simon Kjær, recuperou de lesão e somou alguns minutos. Espera-se, portanto, que esteja entre o onze titular a entrar em campo no Catar. Prever quem será o parceiro de Kjær numa linha de quatro homens é um pouco mais complicado. Joachim Andersen tem sido presença regular do Crystal Palace, mas Andreas Christensen tem estado lesionado há muito tempo no Barcelona e só recentemente ficou em forma. Numa linha de três, Kasper Hjulmand irá provavelmente encontrar espaço para ambos.

Nas laterais, Joakim Maehle instalou-se confortavelmente no lado esquerdo e não tem muita concorrência nesse lugar. No entanto, há competição na direita, com Rasmus Kristensen, do Leeds, Daniel Wass, que atua no Brondby, e ainda Alexander Bah, do Benfica. Wass é o que tem mais experiência neste trio, enquanto Kristensen joga a um nível superior na Premier League. Daniel Wass não teve um bom outono pelo Brondby, Bah está em boa forma pelo Benfica, mas foi dos últimos a ser confirmado no plantel, pelo que Rasmus Kristensen deve assumir a titularidade.

No miolo, Kasper Hjulmand tem preferência por Eriksen, Hojbjerg e Delaney. Este último não tem jogado no que tem sido uma campanha bem desoladora do Sevilha, mas o seu substituto mais provável, Christian Norgaard, está lesionado há muito tempo e só recuperou recentemente. Por isso, parece que a aposta vai recair sobre Delaney.

Na frente, Skov Olsen e Jesper Lindstrom estão em excelente forma nos respetivos clubes. Já Dolberg também não tem jogado no Sevilha, mas com Andreas Cornelius e Jonas Wind lesionados, Dolberg deve ser o ponta de lança de eleição.

Previsão

Num grupo com França, Austrália e Tunísia, os dinamarqueses são favoritos a passar em segundo lugar, mas podem também surpreender os bleus. Principalmente tendo em conta as lesões que têm afastado jogadores-chave de Deschamps como Pogba, Kanté, Benzema, Maignan ou Kimpembe.

Se conseguirem evitar a toda poderosa Argentina nos oitavos de final, vai ser muito difícil travar as aspirações de uma geração com talentos que sobressaem em grandes competições como Schmeichel, Eriksen, Hojbjerg, Skov Olsen ou Damsgaard.

Para isso, é importante uma entrada contundente diante da Tunísia, na terça-feira, para não serem obrigados a pontuar com a França, na segunda jornada. Caso o apuramento para as eliminatórias já esteja garantido, o último jogo com a Austrália pode permitir algumas experiências a Hjulmand e dar ritmo e confiança a jogadores menos utilizados.