Europeu de Andebol: A concretização do sonho olímpico alimenta a esperança lusa

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Europeu de Andebol: A concretização do sonho olímpico alimenta a esperança lusa

Luís Frade é um dos convocados do selecionador português para o Euro
Luís Frade é um dos convocados do selecionador português para o EuroReuters
O selecionador português de andebol considerou extraordinário associar a seleção lusa a Paris 2024, enquanto os jogadores reconhecem a dificuldade de voltar a concretizar o sonho olímpico no Europeu de 2024.

Acompanhe as principais incidências da partida

“Voltamos a estar com o sonho, voltamos. É mais difícil, não escondemos nada a ninguém. Vai ser muito difícil, já fizemos matemática, mas não é fácil. Temos de chegar ao main round. É quase obrigatório chegar às meias-finais, mas estamos aqui para dar luta e para dar a cara”, afirmou Luís Frade, em declarações à agência Lusa.

O pivô do Barcelona esteve em Tóquio 2020 e quer repetir a presença olímpica na capital francesa, sabendo que tem de superar a primeira fase, face a Grécia, República Checa e Dinamarca, e a main round, com os dois primeiros dos grupos D (Noruega, Eslovénia, Polónia e Ilhas Faroe) e E (Suécia, Países Baixos, Bósnia-Herzegovina e Geórgia).

Com uma vaga olímpica por atribuir ao campeão do Europeu que vai ser disputado entre quarta-feira e 28 de janeiro, na Alemanha, juntando-se à anfitriã França e à Dinamarca, campeã do mundo, Portugal pode ainda aspirar a um lugar no torneio pré-olímpico, para as três melhores seleções do continente – excluindo as já qualificadas.

“É sempre passo a passo, mas claro que temos de pensar em chegar o mais longe possível. O main round é o primeiro objetivo, depois é passá-lo. É assim que temos de pensar. Mas não podemos dar um passo maior que a perna”, frisou Alexandre Cavalcanti.

Portugal vai disputar a sexta grande competição seguida, depois dos Europeus de 2020 e 2022, dos Mundiais de 2021 e 2023 e de Tóquio 2020, pelo que o tema olímpico é falado entre os jogadores lusos.

“É um dos assuntos que temos abordado bastante no estágio. Há uns tempos, nem sequer falávamos disso. Era um sonho. A partir do momento em que se torna possível, olhamos de outra maneira. Como é óbvio, qualquer atleta gostava de ter tantas presenças nos Jogos Olímpicos quanto possível. Tem sido uma conversa assídua e já se tornou um dos objetivos, para além destas competições”, reconheceu Leonel Fernandes.

Francisco Costa, o mais novo jogador da seleção portuguesa, é cauteloso, mas, nem por isso, menos ambicioso.

“Acho que temos de pensar primeiro em passar à ‘main round’, para depois sonhar (com ir mais longe). Se não pensarmos assim, podemos deslizar num desses jogos. Depois deixamos cair tudo. Temos de pensar nestes primeiros três jogos, só depois mais à frente”, vincou o jovem lateral do Sporting, de 19 anos.

É essa a cautela assumida também pelo capitão Rui Silva, autor do decisivo golo para o inédito apuramento olímpico.

“Ninguém falha os Jogos Olímpicos, porque é preciso ir à qualificação ou ganhar alguma competição. Em 2020, ninguém encarava os Jogos como uma possível competição a ser falhada, mas, depois de termos ido a Tóquio 2020, gostávamos de repetir. Se passarmos à ‘main round’, temos boas perspetivas de poder ir ao pré-olímpico”, sublinhou o central do FC Porto.

A receita para novo apuramento também parece simples: errar o menos possível nas pequenas coisas.

“A qualidade nas grandes competições está muito alta e sabemos que temos de estar ao mais alto nível para conseguir um bom resultado. No último Europeu, acho que ficámos um pouco aquém do que poderíamos fazer e, no Mundial, tivemos oportunidade, frente ao Brasil, de passar aos oito primeiros e não conseguimos. Estamos num lote de seleções em que já competimos com as melhores e, depois, é a questão do detalhe e do pormenor. Estamos a trabalhar para isso. Para conseguirmos, com esse detalhe e esse pormenor, fazer a diferença”, concluiu Rui Silva.

A seleção portuguesa, que disputa pela oitava vez um Europeu, a terceira seguida, qualifica-se para main round caso termine o grupo num dos dois primeiros lugares.

Nessa segunda fase, em que defronta os dois primeiros dos grupos D e E – o resultado do seu adversário no grupo é contabilizado nesta classificação –, avançam os dois primeiros para as meias-finais e o terceiro para a disputa do quinto lugar europeu.

Portugal, que vai acolher a competição em 2028, juntamente com a Espanha e a Suíça, depois de ter sido anfitrião da edição inaugural, em 1994, tem como melhor resultado o sexto lugar alcançado em 2020.