"É uma pena". É assim que Hans Lindberg descreve a sua situação na seleção dinamarquesa, onde passa a maior parte do tempo no banco de suplentes neste Europeu.
Lindberg foi vítima da bem-sucedida opção do selecionador nacional Nikolaj Jacobsen de colocar o lateral Niclas Kirkeløkke na ala direita, para que a equipa possa utilizar as suas capacidades na defesa.
Isto não deixa muito tempo de jogo para Lindberg ou para o outro ponta direita, Johan Hansen.
"É também um produto do facto de o nosso jogo ir muitas vezes da direita para a esquerda, e nem sempre há muito espaço na ala direita. Por isso, é opção do Nikolaj dizer que estamos a fazer isto para sermos melhores na defesa. Contra a Suécia, houve apenas duas finalizações da ala direita. Uma por mim, em superioridade numérica, e outra por Kirkeløkke", diz Hans Lindberg.
A tática dinamarquesa fez com que Lindberg tivesse um total de 37 minutos em campo nas três partidas em que foi escalado.
Contra a Suécia, na última sexta-feira, ele atuou apenas no ataque como batedor dos livres de sete metros. Cumpriu esse papel na perfeição, com quatro golos em quatro remates.
"Quando estou em campo, o que interessa é a minha prestação e preparo-me mentalmente para isso. Preparo-me para os guarda-redes e para a situação. É uma questão de tirar o melhor proveito disso", diz ele.
Ele não vê uma tendência geral de os laterais terem menos influência nas partidas. A situação da seleção dinamarquesa é especial.
"É assim que o nosso jogo está organizado no momento. Mas acho que é uma pena. Claro que é. É mais divertido jogar quando tenho mais finalizações. Se eu achasse que era divertido só correr, faria atletismo", diz Hans Lindberg.