Dinamarca 28-27 Suécia
A Dinamarca continua a sua série de vitórias no Campeonato Europeu de Andebol. É difícil perceber quem e o que poderá impedir os homens de Nikolaj Jacobsen de disputar as medalhas em Colónia no próximo fim de semana. No desempenho mais completo da equipa no torneio até agora, a Dinamarca derrotou os actuais campeões europeus e está agora sozinha no topo do Grupo 2 da fase principal, seguida dos suecos e de Portugal.
Uma vitória sobre a Noruega (que derrotou os Países Baixos) no domingo colocará a Dinamarca nas meias-finais antes do jogo final contra a Eslovénia.
Esta é a situação após um jogo de andebol fantástico e bem jogado entre duas das melhores equipas do mundo, disputado num ambiente maravilhoso em Hamburgo. A Barclays Arena estava a balançar como uma Bierhalle alemã no final da noite, enquanto o público tentava gritar e cantar para afastar os nervos.
A Dinamarca e a Suécia conhecem os pontos fortes e fracos uma da outra até ao mais ínfimo pormenor. Mas isso não significa que o jogo tenha sido um jogo fechado. Pelo contráio, os dois ataques tiveram uma clara vantagem sobre as duas defesas, pelo menos até ao intervalo.
Niklas Landin costuma controlar completamente os remates suecos, mas aqui o guarda-redes titular não conseguiu nada. Quando foi substituído por Emil Nielsen, aos 17 minutos, tinha zero defesas.
Henrik Møllgaard, Magnus Saugstrup e Mads Mensah tiveram grandes dificuldades com o bem estruturado jogo ofensivo sueco, liderado pelo sangue-frio Jim Gottfridsson, que proporcionou à sua equipa uma série de grandes oportunidades.
No entanto, para alegria dos milhares de adeptos dinamarqueses, o cenário foi muito semelhante do outro lado. Os vermelhos tiveram muita sorte em encontrar Saugstrup na linha de fundo, e um Mathias Gidsel incontrolável rasgou a desesperada linha de defesa sueca.
Foram precisos 24 minutos para que qualquer uma das equipas conseguisse uma vantagem de dois golos, quando Emil Jakobsen marcou para fazer o 14-12.
Na baliza, Emil Nielsen teve mais sucesso do que o seu colega Landin, e uma tentativa com um defesa avançado deu à defesa dinamarquesa algum espaço para respirar durante algum tempo.
Rasmus Lauge substituiu Mikkel Hansen como central a partir do início do segundo tempo. Para Nikolaj Jacobsen, é um luxo poder escolher entre dois organizaodres de classe mundial com qualidades completamente diferentes. Mas os suecos não são os atuais campeões europeus à toa e também aqui mostraram que são uma equipa a ter em conta quando se trata de distribuir as medalhas.
Em partidas anteriores do Campeonato Europeu, a Dinamarca foi superior ao seu adversário no segundo tempo, mas isso nunca aconteceu aqui. Os suecos mantiveram sempre a rédea curta e, quando Hampus Wanne reduziu a desvantagem para 27-28, os nervos estavam à flor da pele e o drama ainda agora tinha começado.
Magnus Landin pensou que tinha decidido o jogo a 17 segundos do fim. Mas depois de uma longa revisão de vídeo, o resultado foi anulado, dando aos suecos uma última oportunidade.
Oscar Bergendahl atirou a bola para a baliza sob apitos ensurdecedores, mas foi assinalada falta sobre o avançado.