Coleman cruzou a linha de meta com um tempo conjunto de 9,83 segundos, líder mundial, para atrair enormes rugidos no Estádio Egret, em Xiamen, que substituiu Shenzhen e continuará a acolher um dos dois encontros da Liga Diamante no país asiático até 2032.

O atleta ficou à frente do jamaicano Kishane Thompson, que marcou 9,85 segundos e ficou com a prata. O americano Fred Kerley, campeão mundial de 2022, que não se qualificou para a final do Campeonato do Mundo de Budapeste no mês passado, ficou com o bronze, com 9,96 segundos.

O italiano Lamont Marcell Jacobs, que mal correu desde a sua vitória nos Jogos Olímpicos de Tóquio, terminou num dececionante sétimo lugar.

Coleman liderou do princípio ao fim para igualar o tempo de Noah Lyles, o melhor do mundo em 2023, e disse que foi encorajado a responder depois do quinto lugar nos Mundiais.

"Doeu um pouco, mas eu sabia o que era capaz de fazer e sabia o que estava pronto para fazer", disse Coleman, refletindo sobre o seu esforço em Budapeste.

"Depois, a minha mente passou para a próxima oportunidade de sucesso. Sabia que, ao vir para cá, seria um campo de classe mundial e uma oportunidade para me recuperar. Estou ansioso pelo resto da época", afirmou.

O jamaicano Hansle Parchment teve um desempenho soberbo para surpreender o campeão mundial Grant Holloway nos 110 metros com barreiras masculinos, conquistando o ouro em 12,96 segundos.

Holloway teve de se contentar com o bronze, depois de ter liderado os primeiros seis obstáculos, com o também americano Daniel Roberts a terminar em segundo lugar, com 13,03 segundos.

Mais cedo, o campeão olímpico de 2012, Kirani James, deu um início emocionante às provas de elite, com o granadino a superar o americano Quincy Hall num final fotográfico, conquistando o ouro nos 400 metros masculinos com um esforço de 44,38 segundos, o melhor da época.

"Sinto-me muito bem. A minha execução hoje foi boa", disse James, de 31 anos.

"O público e o estádio são fantásticos. É uma sensação muito boa ter aqui o meu melhor resultado da época", acrescentou.

Rusheen McDonald, da Jamaica, ficou com o bronze, com 44,82 segundos.

Uma semana depois de se ter tornado a primeira dominicana a ganhar um título mundial, Marileidy Paulino conquistou o ouro nos 400 metros em 49,36 segundos e garantiu o seu lugar na final da Liga Diamante nos Estados Unidos no final deste mês.

Foi a terceira vitória de Paulino na Liga Diamante da época, depois de Doha e Paris.

Emmanuel Wanyonyi, do Quénia, venceu o canadiano Marco Arop nos 800 metros masculinos, invertendo os resultados obtidos em Budapeste.

A campeã mundial de corta-mato, Beatrice Chebet, venceu os 3.000 metros femininos com o melhor tempo do mundo, 8 minutos e 24,05 segundos, à frente da mexicana Laura Galvan e da queniana Margaret Akidor.

O campeão olímpico Soufiane El Bakkali, de Marrocos, conquistou o título nos 3.000 metros em 8:10.31, para somar a sua quarta vitória da época, depois do título mundial.

Rushell Clayton liderou o pódio jamaicano nos 400 metros barreiras femininos, com um tempo de 53,56 segundos, batendo Andrenette Knight e Janieve Russell.

A Liga Diamante vai a Bruxelas a 8 de setembro, antes de terminar a época em Eugene, a 16 e 17 de setembro.