O atleta de cabelo encaracolado tornou-se o primeiro indiano a ganhar uma medalha de ouro nos Campeonatos do Mundo de Atletismo, lançando 88,17 metros para garantir a vitória em Budapeste no domingo.

Seguiu-se um mais modesto 85,71 metros no encontro da Liga Diamante em Zurique, na quinta-feira, terminando atrás do checo Jakub Vadlejch (85,86).

"Em eventos como os Jogos Olímpicos ou os Campeonatos do Mundo, temos de dar 100 por cento", disse Chopra, cujo melhor resultado pessoal continua a ser 89,94 metros, aos jornalistas.

"Já me tinha qualificado para a final da Liga Diamante, por isso podia dar-me ao luxo de ter um pouco de calma aqui. Estou cansado e não queria esforçar-me demasiado e arriscar-me a ter lesões. Por vezes, também é importante desfrutar da competição", acrescentou.

Com dois eventos importantes agendados, Chopra disse que estava a planear tirar o melhor partido do segmento final da sua época.

"A final da Liga Diamante é a 16 e 17 de setembro, por isso não tenho muito tempo. Haverá muitas viagens e a adaptação aos fusos horários também é um desafio. O objetivo é ter um bom desempenho em ambas as competições. O mais importante é terminar a época sem lesões, para poder começar cedo a preparação para a próxima época", explicou.

Chopra ainda não ultrapassou a marca dos 90 metros, mas a sua consistência tem-lhe valido a pena em grandes eventos.

"Obviamente, não estou muito satisfeito com a distância, porque no ano passado fiz três lançamentos de 89 metros. Mas estou feliz por ter ganho o ouro no Campeonato do Mundo. Penso que é mais importante ganhar o título ou a medalha de ouro", disse.

"Nunca se pode estar satisfeito com a distância, há sempre espaço para melhorar. Continuarei a trabalhar arduamente para melhorar a minha distância, mas só o poderei fazer se não tiver lesões", assumiu.