"O meu principal objetivo é defender o título dos 1500 metros, ser a primeira pessoa a ganhar três medalhas de ouro nessa distância. Estou ansiosa por isso. A minha cabeça, a minha mente e a minha preparação estão concentradas em Paris", disse Kipyegon à AFP.

Além do queniana de 30 anos, campeã em 2016 e 2021, apenas dois outros atletas repetiram o ouro olímpico no principal evento do atletismo: o britânico Sebastian Coe (1980, 1984) e a atleta soviética Tatyana Kazankina (1976, 1980).

"Eu disse que queria deixar um legado. É deste legado que estou a falar: ganhar três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos, ganhar três títulos mundiais e também o recorde do mundo", que bateu em junho do ano passado em Florença (3:49.11), explica a tricampeã mundial da distância (2017, 2022, 2023).

Se for bem sucedida, "poderei dizer que ganhei tudo (...) antes de passar para uma distância superior", acrescentou Kipyegon, que também compete nos 5000 metros desde 2023, distância em que venceu os Mundiais de Budapeste no ano passado, onde fez uma dobradinha.

A estrela queniana, que ainda não competiu esta época, diz que ainda não decidiu se vai fazer a dobradinha em Paris.

"Não posso dizer que estou a pensar nos 5000 metros, ainda tenho de estudar a prova com a minha equipa e ver o que é possível", assumiu.

O treinador, Patrick Sang, disse que "antes de meados de junho" deverão ter uma "ideia mais clara" do seu programa para os Jogos, dependendo do calendário das provas de seleção quenianas.

Kipyegon bateu o recorde mundial dos 5000 metros em junho passado (14:05.20), um tempo que foi posteriormente quebrado por Gudaf Tsegay da Etiópia (14:00.21).