A Assembleia Geral de Paris 2024, que se reuniu na quarta-feira, "considerou que esta publicação violava o seu dever de neutralidade e já não lhe permitia exercer com serenidade as suas funções para com Paris 2024", refere o comunicado.

"Emilie Gomis, por uma preocupação comum de serenidade e de responsabilidade, quis apresentar a sua demissão de membro do Conselho de Administração e de embaixadora da marca Terre de Jeux 2024 ao Paris 2024, que dela toma nota", acrescenta o Cojo.

Dois dias após os atentados perpetrados pelo Hamas em Israel, a 7 de outubro, a antiga jogadora de basquetebol Emilie Gomis publicou uma mensagem que mostrava mapas de França de 1947, 1967 e 2023, nos quais a bandeira tricolor que cobria o território francês era progressivamente substituída pela bandeira israelita, com a seguinte pergunta: "O que faria nesta situação?"

"Nos nossos estatutos, está claramente indicado que os representantes do Paris 2024 devem ter um comportamento exemplar e uma vontade de apaziguamento relativamente a estas questões", sublinhou Tony Estanguet, Presidente do Cojo.

O Conselho de Administração e a Assembleia Geral do Paris-2024 reuniram-se esta quarta-feira para ouvir Emilie Gomis e os seus advogados.

"Os membros do Conselho de Administração e da Assembleia Geral puderam constatar que Emilie Gomis condenou os atentados de 7 de outubro em Israel e todas as formas de antissemitismo e discriminação, que são contrárias aos seus valores. Emilie Gomis também partilhou o seu arrependimento relativamente à sua publicação e pediu desculpa", afirma o Cojo.

No entanto, o pedido de desculpas não foi suficiente para que Emilie Gomis mantivesse o seu emprego, apesar de o Cojo reconhecer na sua mensagem "a notável carreira de Emilie Gomis como atleta, bem como o seu empenho na promoção de actividades desportivas para jovens e dos valores do desporto e do olimpismo".