Recorde as principais incidências da partida
O FC Porto viajou para Lisboa com a obrigação de vencer para manter a indefinição nas contas finais do título de campeão nacional de basquetebol, mas o arranque dificilmente podia ter sido pior.
Depois de Fernando Sá, técnico do FC Porto, ter criticado os jogadores, a tal falta de intensidade fez-se sentir nos instantes iniciais, com o Benfica a entrar com um parcial de 7-0 para colocar ainda mais pressão num dragão já de si apertado. Betinho, com um triplo, enervou ainda mais o treinador dos azuis e brancos.
Omlid marcou os primeiros pontos e deu o mote para a recuperação do FC Porto, que até viria a terminar na frente do primeiro período. O extremo norte-americano brilhou com um triplo, mas do outro lado foi Broussard a conseguir manter as duas equipas separadas por instantes.
Reduzidas as diferenças, eis que o FC Porto chegou pela primeira vez à vantagem no marcador (16-17). Tanner Omlid, claro, e Kloof viraram o resultado por completo e obrigaram Norberto Alves a solicitar um desconto de tempo, depois de os dragões conseguirem uma diferença de sete pontos. Apesar das boas notícias para o FC Porto no final do 1.º período, a lesão de Kloff, base portista, causava preocupação.
Ao contrário do que aconteceu no início da partida, o FC Porto entrou melhor para o 2.º período, sempre com Omlid em destaque, mas com o Pavilhão da Luz em ebulição o Benfica foi capaz de aumentar a intensidade para voltar a liderar o encontro (33-32), após lançamento de Toney Douglas.
Mais assertivo defensivamente, o melhor período das águias desde o arranque motivou a vantagem benfiquista ao intervalo (41-35), mas tudo continuava por definir.
Com uma ligadura no ombro, Charlon Koof não voltou a entrar na partida. Inicialmente, a ausência do base nem se fez sentir. O FC Porto respondeu ao acerto de Terrel Carter no lançamento com uma excelente recuperação depois de Max Landis virar o marcador desde a linha de lance livre (46-48).
Perante a pressão do título nacional, as duas equipas passaram por uma fase de menos acerto e a produção ofensiva diminuiu, mas o FC Porto acabou por segurar a vantagem rumo ao período decisivo (56-59).
Os últimos minutos foram um espelho do que foi acontecendo ao longo do jogo. O FC Porto continuou bem e alargou a distância graças a um triplo de Landis, mas a resposta imediata de Douglas (56-62) foi importante para que o Benfica não deixasse fugir o adversário.
"Temos jogadores que não parecem lutar para vencer o campeonato", tinha dito Fernando Sá no final da partida número dois. Sem questionar as palavras e o esforço portista, o certo é que a equipa azul e branca cometeu erros pouco habituais que resultaram em turnovers que o Benfica aproveitou da melhor maneira.
As águias chegaram à liderança do marcador (71-68) e geriram a vantagem, curta mas suficiente para consumar o terceiro título consecutivo. O triplo de Betinho, a 57 segundos do fim, foi o golpe fatal para o FC Porto.
Apesar da derrota, Omlid foi o MVP do jogo três, com 24 pontos, sete ressaltos e três assistências. Drechsel (23 pontos, seis ressaltos e três assistências) e Broussard (21 pontos, seis ressaltos e duas assistências) foram o destaque do lado do tricampeão.