Após avaliação do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Basquetebol, Travante Williams foi punido com uma repreensão e não com uma suspensão.
Na sexta-feira, no terceiro jogo da final do campeonato português de basquetebol, que o Benfica venceu por 101-57, Travante Williams foi expulso durante o intervalo devido a uma falta desqualificante, que, de acordo com os regulamentos, envolve contacto físico excessivo ou violência.
Segundo o Regulamento de Disciplina (artigo 8º) da Federação (FPB), "a aplicação de uma falta desqualificante a um agente desportivo em cumprimento das regras oficiais implica a sua suspensão preventiva automática da atividade desportiva por um período de 10 dias ou um jogo de suspensão, o primeiro que ocorrer."
O Conselho de Disciplina, porém, optou pela repreensão, levando a uma imediata reação do Benfica, em comunicado.
O clube da Luz diz-se "estupefacto" e condena "de forma veemente" uma decisão que considera "parcial", recordando a suspensão preventiva de Ivan Almeida por 30 dias e acusando o Conselho de Disciplina de "clube e repetida antiparia pelo Benfica".
A terminar o comunicado, o Benfica diz mesmo que o acórdão do Conselho de Disciplina contém inverdades, nomeadamente o facto de que "o agente da autoridade vítima de agressão não aceitou prontamente desculpa alguma. Antes, e de forma corajosa, resistindo a muitas pressões, apresentou queixa do atleta do Sporting, apoiado pelo Sindicato da PSP."
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Comunicado do Benfica:
"O Sport Lisboa e Benfica declara-se estupefacto e condena de forma veemente a decisão parcial e totalmente enviesada do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Basquetebol relativa à agressão a um agente da autoridade por parte do atleta do Sporting Travante Williams.
Recordemos, então, que perante uma situação muito menos clara e grave, potenciada por um relatório com inúmeras incongruências, tal como se veio a comprovar posteriormente pelo testemunho das autoridades, o mesmo Conselho de Disciplina da Federação decidiu suspender preventivamente o atleta do Benfica, Ivan Almeida, por 30 dias. Um mês afastado da competição!!!
Já no caso do atleta do Sporting, pese embora a comprovada e indiscutível agressão protagonizada por Travante Williams a um agente da autoridade, conseguiu o mesmo Conselho de Disciplina, e o seu presidente, Carlos Filipe, encontrar argumentos que justifiquem não só a desresponsabilização do atleta como a redução da sua pena de expulsão!!!
Estamos perante uma manifesta proteção a um clube, o Sporting, e uma clara perseguição a outro, o Sport Lisboa e Benfica.
Dois casos, dois jogadores, dois clubes e duas decisões opostas: Travante Williams agrediu um agente da autoridade e foi expulso, mas vai jogar hoje com o Benfica; Ivan Almeida foi acusado de tentar agredir um árbitro, tendo-se comprovado depois que tal era falso, mas foi suspenso durante um mês! Incompreensível e inaceitável.
O Conselho de Disciplina e o seu presidente não têm por missão exercer a sua "clubite" e repetida antipatia pelo Benfica, mas garantir justiça e respeito por todos os clubes e atletas.
Trata-se, por isso, de uma decisão lamentável e condenável, ao arrepio de todos os princípios de equidade e credibilidade que se pretendem para o basquetebol em Portugal.
PS: Ao contrário do que está escrito no acórdão do Conselho de Disciplina, o agente da autoridade vítima de agressão não aceitou prontamente desculpa alguma. Antes, e de forma corajosa, resistindo a muitas pressões, apresentou queixa do atleta do Sporting, apoiado pelo Sindicato da PSP."