Green foi suspenso após um incidente explosivo no último jogo dos atuais campeões da NBA, que lhes valeu a segunda derrota diante dos Kings em Sacramento, na segunda-feira.
Green foi expulso por ter pisado Sabonis depois de os jogadores se terem emaranhado no seguimento de um ressalto.
Isto significa que os Warriors vão ficar sem o quatro vezes All-Star para o terceiro jogo crucial de quinta-feira, em que os Golden State querem recuperar na série à melhor de sete jogos, liderada pelos Kings (2-0).
A suspensão de Green foi a última controvérsia a envolver o jogador de 33 anos, que também foi alvo de um castigo semelhante num famoso lance durante as finais da NBA de 2016, na qual deu um golpe baixo a LeBron James,
No entanto, os Warriors saíram logo em defesa de Green na quarta-feira, encabeçados pelo treinador Kerr que indicou que a última polémica é reflexo da natureza competitiva do veterano.
"Ele é o derradeiro competidor, o derradeiro guerreiro, vencedor, campeão, como lhe queiram chamar", disse Kerr sobre Green.
"Toda a gente sabe que ele vai, ocasionalmente, exceder o limite e que as suas emoções levam a melhor sobre ele. Faz parte dele. Mas não há como parar Draymond. Não vais conseguir abraçá-lo, acalmá-lo e dizer "Ok, vamos avançar a partir daqui". Não é assim que funciona. E está tudo bem com isso", prosseguiu.
"Aceitamos Draymond pelo que é e pelo que representa - a sua competitividade, o seu fogo. Porque, francamente, alimentamo-nos disso e ajuda-nos a vencer".
Pisar - e atravessar - a linha
Os chefes disciplinares da NBA afirmaram que o historial de Green foi um fator na decisão de emitir uma suspensão de um jogo. Kerr disse que o reverso da medalha do temperamento de Green, no entanto, foram os quatro campeonatos que ajudou a franquia a vencer.
"Draymond é incrivelmente competitivo, e apaixonado e ardente, e ajudou-nos a ganhar quatro campeonatos", recordou.
"Já o disse muitas vezes. Não temos um único campeonato sem o Draymond Green e essa é a verdade. Por isso, ultrapassou a linha ao longo dos anos e isso faz parte. Mas vamos lutar por Draymond e vamos lutar ao lado dele todos os dias da semana", vincou.
Entretanto, o diretor-geral dos Warriors, Bob Myers, disse que Green tinha cometido erros no passado, mas ecoou a posição de Kerr de foi parte integrante do sucesso da equipa.
"Ele é uma força, é único e é um líder", disse Myers. "Mas ele admite que cometeu erros. Não se pode esconder deles, eles estão aí para que todos vejam. Tem um bom coração. Mas isso não significa que esteja livre de erros. Eu não estou, ninguém está...".
"Mas se quiserem falar sobre o que ele fez por esta organização - isso não está em disputa. Sem ele, provavelmente não temos nenhum dos campeonatos".
Entretanto, o vice-presidente executivo da NBA e chefe das operações de basquetebol, Joe Dumars, disse na quarta-feira à ESPN que o registo de transgressões anteriores de Green em conjunto com o incidente de segunda-feira leveram à suspensão.
"Eis ao que se resumiu: ações excessivas e exageradas, conduta prejudicial e reincidência. É isto que faz a diferença quando se trata de uma suspensão", explicou à ESPN.