Em junho, o COI decidiu retirar o reconhecimento da IBA por não ter concluído as reformas relativas à governação, finanças e questões éticas.

"A Sessão do COI tomou sua decisão com base na recomendação emitida pelo Conselho Executivo do COI em 7 de junho de 2023, após um longo processo, iniciado logo após os Jogos Olímpicos Rio 2016", disse o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) em um comunicado.

"Durante (o processo), o COI solicitou à IBA que tomasse uma série de medidas para resolver sérias preocupações relacionadas à sua governança e estabilidade financeira", anota.

Acrescentou que a IBA não cumpriu as condições estabelecidas pelo COI.

"A IBA não aumentou a sua transparência e sustentabilidade financeira, incluindo a diversificação de receitas (nem) mudou o seu processo em relação a árbitros e juízes para garantir a sua integridade", disse o CAS.

O tribunal desportivo acrescentou que a IBA não conseguiu implementar todas as medidas propostas pelo "Grupo de Reforma da Governação" criado pelo COI, incluindo uma mudança de cultura.

"O Painel considerou que estes três elementos justificaram a decisão da Sessão do COI de retirar o reconhecimento da IBA. Também sublinhou que o direito do COI de controlar as circunstâncias e condições em que confere o reconhecimento se sobrepõe aos direitos de personalidade da IBA", acrescentou o comunicado.

A organização rival World Boxing disse no mês passado que iria procurar o reconhecimento dos organizadores olímpicos para substituir a IBA e manter o desporto no programa dos Jogos de Los Angeles 2028.