Mundiais de canoagem: Federação quer "igualar ou superar" os nove atletas de Tóquio2020

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Mundiais de canoagem: Federação quer "igualar ou superar" os nove atletas de Tóquio2020
João Ribeiro e Messias Baptista vão representar Portugal em Budapeste
João Ribeiro e Messias Baptista vão representar Portugal em BudapesteFederação Portuguesa de Canoagem
A Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) deseja “igualar ou superar” em Paris-2024 os nove atletas que levou aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio-2020, esperando garantir as primeiras quotas nos Mundiais que começam na quarta-feira em Duisburgo, Alemanha.

“Sabemos que é muito complicado, pois este é o Mundial mais competitivo de todo o ciclo. O sistema de classificação é muito difícil pelo número de quotas bastante reduzido, só para os seis a oito primeiros. Em alguns dos barcos este é mesmo o único momento de apuramento, como o K4”, ilustrou o vice-presidente Ricardo Machado, diretor para o alto rendimento, em declarações à Lusa.

Para esta missão, a FPC preparou 13 canoístas no sprint e três para a canoagem adaptada, sendo que, ao contrário de qualquer Mundial, a vontade destes em competir também em provas não olímpicas foi severamente limitada, “para que se possam concentrar, focar todas as forças e energias no objetivo da federação e do país, que investiu neles para garantir o maior número de vagas possível para Paris2024”.

Analisando os resultados internacionais das últimas épocas, o dirigente não tem dúvidas quanto aos que, em teoria, estarão mais próximos do êxito.

“São dados concretos: temos o Fernando Pimenta em K1 1.000 metros, que em todas as regatas do ciclo olímpico ficou sempre em lugares de qualificação, luta sistematicamente por medalha e nunca ficou fora. E o K2 500 (João Ribeiro/Messias Baptista) que nas últimas provas também esteve permanentemente em posições de classificação”, engrandeceu.

Ainda assim, recordou que as “grandes apostas” da federação residem em ambos os K4 500 metros: “Sabemos que é difícil. Gostaríamos muito e tudo fizemos para lhes dar condições para concretizarem o objetivo, importante para o país e para os atletas”.

João Ribeiro, Messias Baptista, Kevin Santos e Emanuel Silva compõem o masculino, enquanto Francisca Laia, Teresa Portela, Joana Vasconcelos e Maria Rei completam o feminino.

“É uma tarefa complicada, mas acreditamos. Fizemos a nossa parte. Demos as condições de acordo com o nosso financiamento público, providenciámos o essencial, o mesmo dos outros ciclos. Sem luxos, pois não somos país com grandes possibilidades para desperdícios. Houve todas as condições, as equipas técnicas também são as mesmas, pessoas que já mostraram toda a sua competência, visível nos resultados internacionais dos últimos anos. Confiamos no valor dos nossos canoístas, que vão chegar lá, superar-se e atingir os objetivos”, vaticinou.

Quanto às canoas assume que esta é uma empreitada “ainda mais difícil”, recordando, por exemplo, a juventude de Inês Penetra e Beatriz Fernandes, campeã do mundo em 2022, mas na categoria júnior.

Ricardo Fernandes destacou também o nome de Norberto Mourão na comitiva, medalha de bronze paralímpica em VL2 em Tóquio-2020: “Tal como o Pimenta, anda sempre em lugar de pódio. Acredito identicamente que podemos conseguir a vaga em KL1, seja pelo Alex Santos ou pelo Floriano Jesus”.

“Em Tóquio-2020 levámos o recorde de sete canoístas na pista e dois na paracanoagem. Ambicionamos igualar ou superar esse número, mas sabemos que é tarefa árdua. Os atletas devem estar num dia bom, acordarem bem-dispostos e tudo tem de correr bem”, concluiu.