O fundador da antiga British American Racing, Craig Pollock, admitiu à CNN, na semana passada, que pretende estrear a Formula Equal a partir da temporada de 2025 ou 2026 e daí em diante.
O objetivo passa por garantir, entre toda a organização, que 50% dos lugares são compostos por homens e os restantes 50% são ocupados por mulheres, desde o cockpit aos engenheiros e à direção.
Pollock terá, inclusivamente, submetido uma manifestação de interesse à FIA, que abriu um processo para encontrar uma potencial 11.ª equipa no início deste ano.
Questionado sobre o tema, Christian Horner sublinhou acreditar que a igualdade de género num desporto dominado por homens deve acontecer "naturalmente".
"Acho que é fantástico ver a quantidade de raparigas, mulheres, que têm mostrado interesse pela Fórmula 1 e tê-mo-lo visto a todos os níveis", destacou, na antecâmara do Grande Prémio da Austrália.
"Parece-me que o interesse tem aumentado... Isso faz com que mais mulheres se envolvam no desporto, quer seja através da engenharia ou através de outros aspetos da organização. À medida que a modalidade fica mais acessível e nós fazemos com que isso aconteça, acho que (a igualdade de género) é algo que vai acontecer naturalmente", reforçou.
Pollock, antigo treinador do campeão de Fórmula 1 de 1997, Jacques Villeneuve, reconheceu que o financiamento de um projeto do género será extremamente caro, mas assegurou estar em intensas discussões com "um país da zona do Golfo" sobre a possibilidade.
Otmar Szafnauer, chefe de equipa da Alpine, garantiu que a igualdade de género é "importante para toda a gente na Fórmula 1".
"Acho que tudo o que podermos fazer para aumentar a diversidade na Fórmula 1 será bem acolhido. Mas não sei nada mais para além do pouco que li sobre a entrada deles (Formula Equal)", referiu.