Giro: Kaden Groves vence quinta etapa marcada por quedas, Andreas Leknessund segue líder

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Giro: Kaden Groves vence quinta etapa marcada por quedas, Andreas Leknessund segue líder

Atualizado
Remco Evenepoel caiu duas vezes na etapa vencida ao sprint por Kaden Groves
Remco Evenepoel caiu duas vezes na etapa vencida ao sprint por Kaden GrovesPhoto News
O ciclista australiano Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck) venceu esta quarta-feira ao sprint a quinta etapa da Volta a Itália, marcada por inúmeras quedas devido à chuva, com o norueguês Andreas Leknessund (DSM) a seguir líder da geral.

Groves, de 24 anos, cumpriu os 171 quilómetros entre Atripalda e Salerno em 4:30.19 horas, à frente do italiano Jonathan Milan (Bahrain-Victorious), segundo, e do dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo), terceiro.

Na geral, Leknessund escapou aos azares do dia e segurou a camisola rosa, à frente do belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), que caiu duas vezes mas segue em segundo, e do francês Aurélien Paret-Peintre (AG2R-Citroën), terceiro, com o português João Almeida (UAE Emirates) em quarto.

Evenepoel deu o mote para o que se seguiria logo nos primeiros quilómetros, ao cair, por causa de um cão que se "atravessou" no caminho, e obrigar a equipa a trazê-lo de volta ao pelotão, enquanto uma pequena fuga, sem expressão, se formou na frente, com o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) a reforçar a liderança da classificação da montanha.

O dia decorreu cauteloso à medida que a chuva se intensificava, com médias de velocidade baixas, até que os últimos quilómetros vieram semear o pânico entre os candidatos.

Rolava-se nos últimos 7.000 metros da tirada quando uma queda partiu o grupo principal em dois, apanhando o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), uma data de sprinters, incluindo Groves, e outros nomes fortes, com Almeida também a ficar "cortado".

Mais tarde, quando os grupos se tinham "recolado", já dentro dos neutralizados últimos três quilómetros, Evenepoel olhou para a esquerda e não viu ciclistas da Trek-Segafredo pela sua direita, caindo e levando alguns com ele, ainda que tenha cortado a meta aparentemente sem mazelas. O sprint final manteve a toada de nervosismo e Groves lançou primeiro a tentativa, mantendo-se na frente para erguer os braços.

Perdeu de manhã o lançador, o neerlandês Ramon Sinkeldam, que abandonou devido a doença, mas acabou a impor-se à frente do "caos" em Salerno, que foi tal que Mark Cavendish (Astana) caiu durante o sprint e ainda foi quarto, a deslizar no chão por cima da meta - Alberto Dainese (DSM), que tinha chegado à frente do britânico, foi relegado para o fim do primeiro pelotão, uma vez que o colégio de comissários o "responsabilizou" pela queda.

O próprio vencedor do dia caiu a sete quilómetros da meta, mas recuperou e acabou a vencer na segunda grande Volta da carreira, depois de ter também erguido os braços na Volta a Espanha em 2022, ficando a faltar o Tour para completar o trio.

“Caí na rotunda, mas consegui engatar a corrente e seguir, mas não foi muito calmo, perdemo-nos todos. Tive sorte de estar em boa posição e tive pernas para vencer”, contou.

Os favoritos foram chegando a "conta gotas" e beneficiaram da isenção de perda de tempo após azares nos últimos três quilómetros, não tendo ganho para o susto e sem mazelas, como confirmou Roglic.

"Hoje, foram quatro horas de corrida em que perdi quatro anos de vida. Não foi incrível", disse o português João Almeida, esta quarta-feira "a salvo", resumindo o espírito da quinta etapa.

Ainda assim, o australiano Jay Vine, companheiro de equipa do luso, perdeu mais de um minuto na tirada, cedendo terreno na luta pelo top 10, e o neerlandês Bauke Mollema (Trek-Segafredo) e o colombiano Rigoberto Urán (EF Education-Easy Post) também se atrasaram.

Na quinta-feira, a sexta etapa começa e termina em Nápoles, percorrendo 162 quilómetros com uma metade final mais plana e um arranque com duas subidas categorizadas, uma de segunda e outra de terceira categoria.