Giro: Leknessund "aceita" camisola rosa na consagração de Paret-Peintre

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Giro: Leknessund "aceita" camisola rosa na consagração de Paret-Peintre

Andreas Leknessund (DSM) usou a fuga do dia para chegar à camisola rosa
Andreas Leknessund (DSM) usou a fuga do dia para chegar à camisola rosaAFP
O ciclista norueguês Andreas Leknessund (DSM) usou a fuga do dia para chegar à camisola rosa, cedida pelo belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), numa quarta etapa do Giro que serviu para comprovar o talento do francês Aurélien Paret-Peintre (AG2R-Citroën).

O francês, de 27 anos, cumpriu os 175 quilómetros entre Venosa e Lago Laceno em 4:16.04 horas, batendo o novo camisola rosa por dois segundos, com o letão Toms Skujins (Trek-Segafredo), outro membro da fuga do dia, no terceiro lugar, a 57 segundos.

Na geral, Evenepoel chegou a 2.01 minutos do vencedor e ‘cedeu’ a liderança, agora do norueguês, com 28 segundos de vantagem sobre o belga e 30 sobre Paret-Peintre. O português João Almeida (UAE Emirates) é quarto, a um minuto.

Desde o quilómetro zero que o dia começou a mostrar a sua cara mais previsível: ataques, inúmeros, para se formar uma ‘fuga bidone’, com muitos elementos, por ser já sabido que o primeiro dia de montanha seria propício a uma vitória de escapados, e pela ‘vontade’ de Remco Evenepoel de ceder a rosa, e com ela o trabalho que a equipa tem de fazer a liderar o pelotão.

A sucessão de ataques foi ‘policiada’ pelo checo Josef Cerny, que foi controlando quem tinha ‘direito’ a escapar-se face ao grau de ameaça ao chefe de fila da Soudal Quick-Step, e só a partir da primeira das subidas categorizadas é que a fuga começou a tomar forma, incluindo os dois protagonistas do dia.

Antes disso, João Almeida voltou a estar em apuros, ao ficar para trás na primeira descida do dia, fruto de um corte, ainda dentro dos primeiros quilómetros, obrigando a equipa a ‘descair’ para o ajudar.

Formada a fuga, já depois de o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) vencer mais uma categoria de montanha para reforçar a liderança desta classificação, o pelotão abrandou e deixou-a ganhar embalo, com o prémio duplo, vitória em etapa e camisola rosa, em cima da mesa para quase todos os fugitivos.

Depois de selecionados os mais fortes, na subida final até Colle Molella, sobraram dois relutantes parceiros, uma vez que Paret-Peintre sabia ser mais forte e Leknessund queria a vitória.

Ainda se escapou do francês, mas este apanhou-o numa das derradeiras descidas e os dois foram passando pela frente, com um ‘falso’ sprint na meta, para o qual o nórdico pouco se esforçou por ter vantagem na luta pela ‘maglia rosa’.

No fim de contas, e mesmo que tivesse admitido que queria mesmo era vencer a etapa, Leknessund ‘contenta-se’, aos 23 anos, com ser já líder de uma grande Volta, algo que a Noruega tinha visto pela última vez na Volta a Espanha de 2021, com Odd Christian Eiking.

Antes, Alexander Kristoff tinha liderado a Volta a França em 2020, e Thor Hushovd era ‘useiro e vezeiro’ no Tour, com três instâncias da amarela e ainda uma ‘roja’ da Vuelta pelo meio, em 2006.

É superespecial estar de rosa. Como todos sabem, o ciclismo não é nada fácil. É inacreditável”, admitiu o novo ‘maglia rosa’.

Quanto a Paret-Peintre, o triunfo confirma a boa forma mostrada na Volta aos Alpes e o augúrio que pairava sobre a sua carreira, agora consagrada com uma primeira vitória em grandes Voltas.

O meu objetivo principal este ano era o Giro, treinei muito para viver este dia, estas três semanas. Sabíamos que hoje caberia à fuga, então era importante porque queremos uma vitória em etapa e a geral, como equipa”, revelou.

Este “dia perfeito”, analisou, começou numa fuga “superdifícil de integrar e de se formar”, e colaborou com o norueguês, no final, por saber ser “mais rápido” na ponta final, com um desfecho em que “assim toda a gente ficou feliz”.

Na quarta-feira, 171 quilómetros ligam Atripalda a Salerno, com apenas duas contagens de montanha categorizadas, longe da meta e de terceira categoria.