Pogacar voltou hoje a impor-se, num sprint entre candidatos à vitória final, no alto, cumprindo os 152 quilómetros entre Spoleto e Prato di Tivo em 04:02.16 horas, batendo o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), segundo, e o australiano Ben O’Connor (Decathlon-AG2R La Mondiale), terceiro.
Nas contas da geral, o campeão da Volta a França em 2020 e 2021 segue folgado na liderança, em ano de estreia no Giro, aproveitando as bonificações da vitória para ter agora 02.40 minutos de vantagem para Martinez, segundo, e 02.58 para o britânico Geraint Thomas (INEOS), terceiro.
Depois do domínio no contrarrelógio de sexta-feira, em que ‘arrasou’ quer candidatos à camisola rosa quer especialistas no exercício individual, ‘Pogi’ não deu mostras de abrandar e hoje venceu pela terceira vez em oito dias de competição.
O ‘hat-trick’ do duplo campeão do Tour, e vencedor de um sem número de corridas do mais alto nível, alicerçou o triunfo de hoje numa boa exibição da equipa, que controlou a fuga do dia e a anulou, antes da subida decisiva a Prato di Tivo.
Aí, foi o polaco Rafal Majka a fazer a diferença, escudando o líder até ao final, em que, do grupo restrito de candidatos à geral final, foram vários os que tentaram atacar, de Daniel Martínez ao neerlandês Thymen Arensman (INEOS).
Nenhum deles conseguiu e o sprint em alto foi, no fundo, uma procissão do esloveno, com ponta final superior a todos os outros.
“Não esperava vencer. Corremos bem como equipa desde o início, tínhamos uma boa margem para a última subida e a equipa fez um belo trabalho. O Majka fez um grande lançamento e é fantástico vencer aqui”, admitiu.
Pogacar revelou mesmo que os colegas queriam “tentar vencer esta etapa” quando se aperceberam que controlaram a fuga, com as declarações dos rivais a mostrarem alguma resignação com a sua superioridade, ainda que tenham também revelado vontade de continuar a lutar.
Num dia em que a Visma-lease a bike perdeu o francês Christophe Laporte, que não alinhou à partida, a etapa com chegada em alto não mudou grande coisa nos primeiros lugares, com nota para a saída do top 10 do cazaque Alexey Lutsenko (Astana) e o ‘tombo’ de Luke Plapp (Jayco-AlUla), de quinto para 32.º.
Gregário de Pogacar, Rui Oliveira segue em 155.º na geral, virando as atenções antes do primeiro dia de descanso, que se cumpre na segunda-feira, para uma possível discussão ao sprint da nona etapa.
No domingo, a etapa liga Avezzano a Nápoles em 214 quilómetros, com três topos não categorizados colocados na última parte da tirada, podendo 'ameaçar' a disputa ao sprint prevista.