Giro: Pogacar deu esperança a Ganna nos intermédios, mas acabou por vencer o 'crono'

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Giro: Pogacar deu esperança a Ganna nos intermédios, mas acabou por vencer o 'crono'

Tadej Pogacar venceu a sétima etapa do Giro
Tadej Pogacar venceu a sétima etapa do GiroAFP
Tadej Pogacar ‘roubou’ a alegria a Filippo Ganna ao negar o triunfo ao ciclista italiano no último ‘suspiro’ da sétima etapa da Volta a Itália, num dia de ‘derrotas’ para a INEOS, que viu Geraint Thomas descer a terceiro.

Ganna tinha os melhores registos nos tempos intermédios, mas uma recuperação espetacular do camisola rosa, na subida de quarta categoria que ‘desembocava’ na meta em Perugia, permitiu-lhe não só festejar a segunda vitória em etapas neste Giro, como reforçar consideravelmente a distância para os mais diretos perseguidores na geral.

Além de perder a sétima tirada, a INEOS, que até colocou quatro ciclistas no top 10, também saiu derrotada na luta pela vice-liderança da geral, com Thomas a ser ultrapassado, por 10 segundos, pelo colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), o ex-ciclista da equipa britânica que é agora segundo, já a 02.36 minutos de ‘Pogi’.

Esta foi a minha primeira vez na bicicleta de contrarrelógio (em competição)  desde os Mundiais do ano passado. Preparei-me muito para isto, tive muitos altos e baixos no ‘crono’ desde o ano passado, estou superfeliz porque hoje senti-me bem. Comecei com um ritmo mais baixo, tive de me habituar à bicicleta, e mantive o ritmo até à subida e, depois aí, fui ao máximo”, descreveu o esloveno de 25 anos.

Pogacar ‘enganou’ tudo e todos com as referências nos tempos intermédios, impondo-se com 17 segundos de vantagem sobre Ganna, depois de pedalar a uma média de 47,088 km/h para cumprir o ‘crono’ em 51.44 minutos. O terceiro foi outro INEOS, o norte-americano Magnus Sheffield, a 49 segundos.

Os 40,6 quilómetros de exercício individual contra o cronómetro entre Foligno e Perugia prometiam um duelo entre o especialista italiano da INEOS e o camisola rosa e quem ‘sintonizou’ a sétima etapa da 107.ª edição da ‘corsa rosa’ não ficou desiludido.

Primeiro, foi ‘Top Ganna’ a dar espetáculo, pulverizando todos os melhores tempos anteriores, ultrapassando cinco ciclistas – incluindo Luka Mezgec (Jayco AlUla) que tinha iniciado o seu ‘crono’ nove minutos antes – para fechar a sua exibição em 52.01 minutos, pedalados a uma média de 46,831 km/h.

A performance do italiano de 27 anos foi tão impressionante, que, quando cruzou a meta, retirou 01:39 minutos ao anterior melhor registo, da autoria de Mikkel Bjerg – o corredor dinamarquês da UAE Emirates haveria de terminar ‘apenas’ na nona posição, a 01.56 minutos do vencedor.

Ganna queria regressar aos triunfos na ‘sua’ grande Volta, depois de em 2023 ter ficado em ‘branco’, e chegou exausto à meta, na tentativa de somar o sétimo triunfo no Giro, o primeiro desde a última etapa da edição de 2021, e o 29.º na carreira, 25 dos quais em contrarrelógios, nomeadamente os dois títulos mundiais (2020 e 2021).

Rapidamente se percebeu que apenas um adversário poderia chegar perto do italiano ‘voador’, apesar de os seus companheiros Magnus Sheffield e Thymen Arensman terem deixado boas indicações (o neerlandês foi quarto, a um minuto do primeiro), mas Pogacar fez 44 segundos pior logo no primeiro ponto intermédio.

No entanto, o camisola rosa pedalou em ‘crescendo’, levando mesmo Ganna a pedir “piano, piano” (devagar, devagar) enquanto via o esloveno da UAE Emirates aproximar-se da meta, onde o seu companheiro Geraint Thomas perdeu o segundo lugar da geral para Martínez.

O experiente galês, vice-campeão em título, até foi 10.º, mas cedeu dois minutos certos para ‘Pogi’ e 11 segundos para o colombiano, que o ultrapassou numa classificação ‘revolucionada’: o australiano Ben O'Connor (Decathlon AG2R La Mondiale) galgou sete posições para o quarto lugar, estando a 03.33 da ‘maglia rosa’, enquanto o seu compatriota Luke Plapp (Jayco AlUla) subiu 10, para ser agora quinto, a 03.42.

A deceção foi mesmo Cian Uijtdebroeks (Visma-Lease a Bike), o jovem belga que caiu do quarto para o sétimo posto, após ser apenas 20.º no ‘crono’, em que o português Rui Oliveira (UAE Emirates) foi 88.º, a 06.13.

O único ciclista luso em prova é 151.º da geral, a 01:10.26 horas do seu líder esloveno.

No sábado, a oitava etapa percorre 152 quilómetros entre Spoleto e Prati di Tivo, onde a meta coincide com uma contagem de montanha de primeira categoria.