"Recebemos a luz verde da autarquia para validar o sistema planeado", disse Thierry Gouvenou.
Depois de atravessar a linha de caminho de ferro, pouco antes da secção empedrada, os ciclistas "darão a volta à ilha para se aproximarem do fosso a uma velocidade de cerca de 25 km/h", contra mais do dobro da velocidade habitual, acrescentou Gouvenou.
"A longo prazo, vamos estudar um sistema mais fluido, mas tendo em conta o tempo disponível, esta foi a melhor solução", explicou.
Esta chicane, logo à entrada deste lugar estratégico e lendário da Rainha das Clássicas, foi uma resposta a um pedido do sindicato dos ciclistas, após o terrível acidente de quarta-feira, na A travers la Flandre. Vários ciclistas caíram com gravidade, incluindo o belga Wout van Aert, que sofreu fraturas múltiplas numa clavícula, sete costelas e um esterno.
"Neste momento, os ciclistas estão bastante traumatizados", disse Gouvenou na terça-feira, durante o reconhecimento das pedras da calçada.
"Escrevi-lhes a dizer que (a chicane) poderia causar problemas, especialmente porque haveria mais travagem. Eles responderam que preferiam travar a fundo e correr o risco de bater no asfalto do que entrar no buraco de Arenberg a 65 km/h", acrescentou.
A Trouée d'Arenberg, com 2300 metros de comprimento, uma área estritamente protegida e fechada a veículos, é um dos pontos de referência mais famosos de Paris-Roubaix, onde muitos ciclistas perderam a esperança de se despistarem no passado.