Volta a França: Objetivos de Bernal vão depender das pernas mas chegar a Paris já seria uma vitória

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Volta a França: Objetivos de Bernal vão depender das pernas mas chegar a Paris já seria uma vitória

Egan Bernal vai fazer a Volta a França após grave acidente
Egan Bernal vai fazer a Volta a França após grave acidenteINEOS
Egan Bernal garantiu só pensar em terminar o Tour, a sua primeira grande Volta após o acidente grave que sofreu no início de 2022, com o ciclista colombiano, campeão em 2019, a fazer depender outros objetivos das suas sensações.

Será fantástico chegar a Paris, concluir a minha primeira grande Volta depois da minha queda. Será um grande passo em frente para mim”, declarou esta quarta-feira o ciclista da INEOS, em videoconferência de imprensa, a três dias do arranque da 110.ª Volta a França, em Bilbau (Espanha).

Vencedor também do Giro 2021, Bernal, de 26 anos, viu a sua promissora carreira interrompida por um gravíssimo acidente em janeiro de 2022: colidiu a alta velocidade com um autocarro enquanto treinava com outros colegas de equipa no norte de Cundinamarca, nos arredores de Bogotá, sofrendo múltiplas fraturas, além de perfuração dos pulmões, o que o obrigou a várias intervenções cirúrgicas.

O primeiro objetivo será não perder tempo na primeira semana”, reconheceu, referindo-se, nomeadamente, às três primeiras etapas, percorridas no País Basco espanhol, e à consequente entrada nos Pirenéus.

De regresso ao Tour após dois anos de ausência, o campeão de 2019 diz que vai desempenhar vários papéis na INEOS, órfã de um verdadeiro chefe de fila na ausência de Geraint Thomas, vencedor do Tour 2018, terceiro classificado da passada edição da Grande Boucle e vice-campeão do Giro 2023.

Tenho vários papéis na equipa, qual vou desempenhar depende das minhas sensações e das minhas pernas, ainda não posso indicá-lo neste momento”, argumentou.

O colombiano, que ficou com “quase 20 ossos partidos”, segundo o próprio revelou pouco depois do acidente, deu sinais de que estaria de regresso à boa forma no Critério do Dauphiné, ao terminar no 12.º lugar, depois de já ter sido oitavo na Volta à Romandia e na Volta à Hungria.

Estou grato por estar vivo e por estar aqui convosco. Tento ser otimista. Adoraria recuperar o nível que tinha antes, de lutar com os melhores. É para isso que continuo no ciclismo. Levanto-me todos os dias com esse objetivo em mente”, confessou.

O regresso de Bernal marcará também o primeiro frente a frente dos últimos três vencedores na Grande Boucle, nomeadamente o campeão em título Jonas Vingegaard e Tadej Pogacar, o vencedor de 2020 e 2021.

Antes do Dauphiné, havia grandes dúvidas sobre a minha forma, mas não estive muito mal durante a corrida. A equipa disse-me na semana seguinte que iria ao Tour, estou muito contente”, revelou ainda.

Na mesma conferência de imprensa, a outra ‘estrela’ da equipa da INEOS para o Tour, o britânico Thomas Pidcock, elogiou o seu companheiro colombiano: “É já um feito imenso ele estar de regresso à Volta a França, pouco importa o que fará na corrida. Estamos a falar de alguém que quase morreu”.

Vencedor no Alpe d’Huez no ano passado, o campeão de cross country olímpico (XCO) em Tóquio-2020 detalhou os seus objetivos para a edição que arranca no sábado, em Bilbau, e termina em 23 de julho, em Paris.

Embora vá lutar, “em princípio, por etapas”, o britânico de 23 anos ambiciona “passar a outro nível na classificação geral.

“Espero progredir na montanha, sou um corredor leve, pelo que me devo adaptar bem aos esforços longos”, concluiu.