Volta a Portugal: Antigos vencedores recomendam gestão de esforço e estão de olho em Carvalho

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Volta a Portugal: Antigos vencedores recomendam gestão de esforço e estão de olho em Carvalho
O pelotão vai enfrentar hoje a Senhora da Graça
O pelotão vai enfrentar hoje a Senhora da GraçaVolta a Portugal/Facebook
Joaquim Gomes e Hernâni Broco, antigos vencedores na Senhora da Graça, recomendam aos candidatos a vencer a nona etapa uma gestão do esforço, coincidindo na aposta no ciclista António Carvalho para agitar o penúltimo dia da Volta a Portugal.

Num evento com o grau de exigência da Volta a Portugal, e quando estamos a falar da última etapa em linha, com o acumular de esforço brutal, com um desgaste enorme, o que se pode recomendar? Efetivamente, uma gestão apuradíssima do esforço e, depois, esperar pelo menos pela metade final da subida para tentar pôr todas as cartas na mesa ou, eventualmente, esconder um trunfozinho para o quilómetro final”, aconselhou o diretor da Volta a Portugal.

Joaquim Gomes venceu no alto do Monte Farinha em 1990 e, olhando para trás, recorda que a Senhora da Graça já presenteou o público com “vários cenários” desde que começou a ser subida, em 1978.

Inclusive, pelo facto de a corrida estar já bloqueada taticamente, acabámos por ter como vencedores na Senhora da Graça, vindos de fugas mais ou menos consentidas, ciclistas que nem sequer são os grandes protagonistas da prova. Aliás, isso aconteceu comigo bastantes anos”, lembrou.

Segundo o diretor da Volta, a nona etapa, que liga Paredes ao ponto mais alto de Mondim de Basto, será a última oportunidade para “os grandes trepadores em prova” poderem brilhar.

O ideal era ter alguém – infelizmente, não tenho visto isso nos últimos anos – desde os primeiros quilómetros da subida a atacar, massacrar os adversários, chegar sozinho e, se finalmente, conseguisse vestir a camisola amarela e, desta forma, conseguisse chegar ao coração do povo seria o ideal para a organização”, confidenciou.

Embora rejeitando entrar no campo dos prognósticos, devido ao dever de se manter isento”, Gomes admitiu que António Carvalho, “até pela experiência que tem na Volta”, “pelo momento que tem, pelo lugar que está na classificação, pode ser um forte candidato a vencer na Senhora da Graça”.

O nome do líder da ABTF-Feirense, vencedor lá no alto em 2019 e 2022, também é evocado por Hernâni Broco.

Acho que um dos homens que vai atacar de longe penso que seja o Toni e, se tivermos forças, teremos de seguir com ele. No Barreiro, quem for para ganhar a Volta, tem de tentar eliminar o atual líder (Colin Stüssi) e um ou dois homens da Euskadi. Penso que esses homens são muito fortes no contrarrelógio final. O Toni sendo um atleta de ataque, sei que vai atacar aí (na subida para a Senhora da Graça). E, depois, tem o Afonso Eulálio, que também é forte, e penso que vão fazer a diferença”, estimou.

Atual diretor desportivo da Credibom-LA Alumínios-MarcosCar, venceu na Senhora da Graça em 2011, num momento marcante até hoje.

É sempre especial. Sempre que olho de longe para a serra, nas aproximações… De outras etapas guardo boas recordações, mas aquela é a que mexe mais comigo, porque, sem dúvida, era um sonho que tinha de carreira e consegui realizar. Vencer e vestir de amarelo foi um feito”, confessou.

Broco defende que o segredo para ganhar no topo do Monte Farinha “muitas vezes depende das circunstâncias da corrida”.

No ano anterior, tinha feito terceiro, tinha atacado de longe. E naquele ano que consegui vencer na Senhora da Graça e vestir de amarelo, tentei defender-me ao máximo durante toda a subida, uma vez que é uma subida em que, muitas vezes, ao ir na roda consegue-se poupar energia, porque existe bastante vento que entra numa parte lateral”, aconselhou.

No entanto, numa Volta que “está a ser atípica”, o antigo ciclista pensa que a passagem pelo Barreiro (a 41,1 quilómetros da meta) vai causar diferenças. “Aí pode sair um grupo que decida e já chega a Mondim, ao sopé da montanha, com algumas diferenças. Quem não for para a geral, acho que o melhor é defender-se. Aproveitar-se dessa guerra da geral, que vai ser uma guerra muito acesa, com vários interesses”, vincou.

A nona etapa da Volta a Portugal promete hoje ajudar a definir as contas da geral, liderada pelo suíço Colin Stüssi (Voralberg), com 28 segundos de vantagem sobre o russo Artem Nych (Glassdrive-Q8-Anicolor) e o espanhol Luis Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi), respetivamente segundo e terceiro.