Giro: Pogacar é favorito número um e aparentemente sem rival à altura

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Giro: Pogacar é favorito número um e aparentemente sem rival à altura

Pogacar é favorito à conquista do Giro
Pogacar é favorito à conquista do GiroAFP
O esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) parte este sábado como o grande, ou mesmo único, favorito a vencer a 107.ª edição da Volta a Itália, num pelotão sem nomes que pareçam capazes de lhe fazer frente.

Depois de se ter focado quase exclusivamente nos últimos anos à Volta a França, com dois triunfos (2020 e 2021) e dois segundos lugares (2022 e 2023) nas últimas quatro temporadas, Pogi pôs este ano o objetivo mais alto e apontou à dobradinha Giro-Tour, algo que ninguém consegue desde o italiano Marco Pantani em 1998.

Com o português Rui Oliveira como um dos seus escudeiros, o esloveno, de apenas 25 anos e que tem um terceiro lugar na Vuelta de 2019, na outra grande Volta em que participou, vai fazer a sua estreia na corsa rosa, que, com muita montanha e dois contrarrelógios, parece ser feito à sua medida.

Em 10 dias de competição esta temporada, Pogacar tem sete triunfos, entre os quais as clássicas Strade Bianche e Liège-Bastogne-Liège, e a vitória final na Volta à Catalunha, além de um terceiro lugar na Milão-Sanremo.

A forma categórica como o esloveno venceu algumas provas – na Strade Bianche andou mais de 80 quilómetros em solitário – deve chegar para amedrontar os adversários, num lote em que o veterano britânico Geraint Thomas (INEOS) aparece novamente como candidato.

Aos 37 anos, o único galês a vencer a Volta a França (2018) ainda deve recordar como viu escapar-se-lhe o Giro do ano passado por apenas 14 segundos, após perder a camisola rosa no contrarrelógio da penúltima etapa para o esloveno Primoz Roglic, que este ano, após a mudança para a BORA-hansgrohe, apostou tudo no Tour.

Mesmo sem resultados de relevo no início da temporada, G já mostrou algumas melhorias na Volta aos Alpes e é sempre um nome a ter em conta, podendo conseguir o quinto pódio (na 20.ª participação) em grandes Voltas, nos quais se destaca o triunfo no Tour 2018, prova em que foi vice em 2019 e terceiro em 2022.

A antes dominadora INEOS terá em Thymen Arensman, sexto no ano passado na corsa rosa, um plano B, numa época em que o neerlandês foi quinto classificado na Volta ao Algarve e sexto no Tirreno-Adriático, tendo sido decisivo na recente vitória do espanhol Carlos Rodríguez na Volta à Romandia.

Vencedora das três grandes Voltas em 2023, a Visma-Lease a Bike vai ter muitas dificuldades para repetir esse feito este ano, sobretudo depois de ter perdido Roglic, apresentando-se com o belga Cian Uijtdebroeks, de apenas 21 anos, como principal aposta, depois do oitavo lugar na Vuelta 2023.

O vencedor da Volta a França do Futuro em 2022 terá a companhia de nomes como o esloveno Jan Tratnik e do húngaro Attila Valter, em busca da afirmação na equipa, ou do francês Christophe Laporte, para as etapas menos montanhosas.

Vencedor do Giro 2014 e da Vuelta 2016, Nairo Quintana, de regresso à Movistar, é outro dos nomes de peso nesta edição da corsa rosa, mas o colombiano, a regressar de lesão, já assumiu não estar em condições de lutar pela geral.

O francês Romain Bardet, já com sete top 10 em grandes Voltas, com destaque para os pódios no Tour em 2016 (segundo) e em 2017 (terceiro), é outro dos candidatos ao top 3, numa lista em que se podem colocar o australiano Ben O’Connor (Decathlon AG2R La Mondiale), o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), fundamental para a vitória final de Egan Bernal em 2021, ou o espanhol Juan Pedro López (Lidl-Trek).

Dos ciclistas da casa, apenas Damiano Caruso (Bahrain Victorious), vice-campeão em 2021 e quarto classificado em 2023, parece ter capacidade para entrar na luta pelos lugares de topo, sendo um dos quatro resistentes do top 10 do ano passado, juntamente com Thomas, Arensman e o irlandês Eddie Dunbar (Jayco-AlUla), que foi sétimo.

A 107.ª etapa da Volta a Itália começa no sábado, na região de Piemonte, e termina a 26 de maio, em Roma, onde será coroado o sucessor de Roglic, vencedor em 2023, ano em que o português João Almeida (UAE Emirates) foi terceiro.

As etapas

04 maio: 1.ª etapa, Venaria Reale - Torino, 140 km.

05 maio: 2.ª etapa, San Francesco al Campo - Santuario di Oropa (Biella), 161 km.

06 maio: 3.ª etapa, Novara - Fossano, 166 km.

07 maio: 4.ª etapa, Acqui Terme - Andora, 190 km.

08 maio: 5.ª etapa, Génova - Lucca, 178 km.

09 maio: 6.ª etapa, Torre del Lago Puccini (Viareggio) - Rapolano Terme, 180 km.

10 maio: 7.ª etapa, Foligno - Perugia, 40,6 km (CRI).

11 maio: 8.ª etapa, Spoleto - Prati di Tivo, 152 km.

12 maio: 9.ª etapa, Avezzano - Nápoles, 214 km.

13 maio: Dia de descanso.

14 maio: 10.ª etapa, Pompeia - Cusano Mutri (Bocca della Selva), 142 km.

15 maio: 11.ª etapa, Foiano di Val Fortore - Francavilla al Mare, 207 km.

16 maio: 12.ª etapa, Martinsicuro - Fano, 193 km.

17 maio: 13.ª etapa, Riccione - Cento, 179 km.

18 maio: 14.ª etapa, Castiglione delle Stiviere - Desenzano del Garda, 31,2 km (CRI).

19 maio: 15.ª etapa, Manerba del Garda - Livigno (Mottolino), 222 km.

20 maio: Dia de descanso.

21 maio: 16.ª etapa, Livigno - Santa Cristina Valgardena (Monte Pana), 202 km.

22 maio: 17.ª etapa, Selva di Val Gardena - Passo del Brocon, 159 km.

23 maio: 18.ª etapa, Fiera di Primiero - Pádua, 178 km.

24 maio: 19.ª etapa, Mortegliano - Sappada, 157 km.

25 maio: 20.ª etapa, Alpago - Bassano del Grappa, 184 km.

26 maio: 21.ª etapa, Roma - Roma, 125 km.

As equipas

- World Tour:

Alpecin-Deceuninck (Bélgica)

Arkéa-B&B Hotels (França)

Astana (Cazaquistão)

Bahrain Victorious (Bahrain)

BORA-hansgrohe (Alemanha)

Cofidis (França)

Decathlon AG2R La Mondiale (França)

dsm-firmenich (Países Baixos)

EF Education-EasyPost (EUA)

Groupama-FDJ (França)

INEOS (Inglaterra)

Intermarché-Wanty (Bélgica)

Jayco AlUla (Áustria)

Lidl-Trek (EUA)

Movistar (Espanha)

Soudal Quick-Step (Bélgica)

UAE Emirates (EAU)

Visma-Lease a Bike (Países Baixos)

- Continental profissional:

Israel-Premier Tech (Israel)

Polti Kometa (Itália)

Tudor (Suíça)

VF Group-Bardiani CSF-Faizanè (Itália)