- Colin Stüssi (vencedor da Volta a Portugal):
“Estou surpreso porque ainda me sinto bem, porque hoje foi um esforço curto. É certo que foram 10 dias duros de corrida, mas digo sempre que, com o que treino em casa, nunca fico muito cansado."
Hoje, foi a primeira vez que senti que isto é o ‘intervalo’ de uma grande Volta (em referência ao número de dias de corrida). Para quem faz a Volta a França, são mais 10 dias."
"Definitivamente (é o melhor dia da carreira). Também para a equipa. Dizem que é o maior sucesso na história da equipa. É de loucos."
"Dedico a toda a gente. À minha família, ao meu treinador, a toda a equipa que acreditou em mim. Cometi alguns erros na minha carreira e a equipa continuou a apoiar-me, porque sabiam que eu eventualmente chegaria lá."
"Não sei (um passo maior na carreira). Primeiro quero perceber o que aconteceu aqui. Preciso de um dia ou dois."
"Fui passo a passo. Quando chegámos, não sabíamos no que nos estávamos a meter. Estava em boa forma, gosto do calor, das etapas duros. Mas nunca se sabe, a forma de correr em Portugal é um pouco diferente. Quando estive aqui (em 2018), foi tão difícil. Agora, tenho os melhores números na minha carreira, e pensei que se conseguisse um top 10 era bom. Mas aqui nunca se sabe. Podes cometer um erro num dia e perder muito tempo."
"No primeiro dia, até ajudei o nosso sprinter, por isso nunca estive aqui claramente com a mentalidade de líder para a geral. Depois da etapa cinco, na Torre, percebemos que poderíamos fazer algo grande."
"Fiquei surpreso na etapa cinco com a forma como reagi. Quando entrámos na subida, foi superduro. O primeiro quilómetro pensei ‘esta velocidade é elevada, vamos ver onde chego’. Depois as minhas pernas acostumaram-se, senti que podia ir mais ao limite, tentei atacar, porque se tivesse um bom resultado aqui já ficaria contente."
"Ontem (sábado) percebi que era o trepador mais forte ou, pelo menos, o mais consistente. Não gosto de atacar, gosto de seguir a um ritmo constante. Sinto que fui subvalorizado ontem. Estou superfeliz com a minha performance e com a equipa. Não estaria aqui se eles não tivessem puxado os dias todos."
"Isto é o que é suposto ser uma equipa. Para mim, é mais do que uma equipa, sinto que é uma família, às vezes. Quando acabamos de jantar, ficamos mais de uma hora à mesa, a falar de parvoíces. Rimo-nos muito. É uma grande equipa."
"A atmosfera aqui é de loucos. Já sabia, quando estive aqui em 2018. A etapa da Torre já foi boa… a determinada altura estavam a gritar na minha orelha, puseram água na minha cabeça e pensei ‘se calhar isto é demasiado’. Ontem (sábado), foi de loucos. Provavelmente, estavam todos bêbados. Nunca vi uma multidão tão grande."
"Normalmente, o meu pico (de forma) é tardio. E Portugal… sinto que me preparei toda a vida para esta corrida. Eu treino tarde, gosto de sair às 12:00 porque adoro o calor. Gosto quando estão 35, 40 graus, embora não pareça, porque sou pálido. E ainda gosto mais da altitude. Sinto que esta é a parte em que brilho”.
- Txomin Juaristi (vencedor da etapa e segundo da geral individual):
“Vim a esta Volta para ganhar uma etapa e fazer um bom lugar na geral. Vamos satisfeitos, com três ciclistas entre os 10 primeiros da geral. Estamos muito contentes, ganhámos duas etapas também. Fizemos uma corrida brilhante."
"Vinha com boa forma, mas não pensava que faria esta Volta. Teria assinado por baixo antes de vir”.
- António Carvalho (terceiro da geral individual):
“É muito satisfatório. Quando tive a queda, eu disse ‘a Volta está perdida, já nem à Volta vou’.Hoje, fizemos terceiro, melhor português, mas isso para mim – ser melhor português – é indiferente. O importante era fazer o melhor lugar possível à geral."
"Partia com o objetivo de tentar fazer top 10 e estar na discussão de uma etapa. Não venci etapa nenhuma, mas o pódio é muito bom”.
- Henrique Casimiro (sexto na geral individual):
“Não era, obviamente (o resultado esperado). Lutávamos para primeiro. Trazia boas sensações, mas também sabia que o dia de ontem era muito importante para definir tudo. Por isso tentei o máximo distanciar-me dos adversários, mas os adversários estiveram à altura. E hoje dei o máximo. Como prometi ontem, dei o máximo e acabei simplesmente esgotado. Não tinha mais para dar. Parabéns aos vencedores, foram mais fortes. Espero voltar aqui para lutar pelo primeiro lugar."
"Foi a Volta possível. Para mim, foi uma boa Volta porque, como eu disse, trabalhei para vencer, trabalhei para estar na disputa. Mas sempre fui muito realista. Um top 10 era possível, um top 5 era excelente. O pódio era um sonho. Um sonho que vi muito perto. Dei tudo, mas todos trabalhamos para isso e por isso foram mais fortes”.
- César Fonte (vencedor da classificação da montanha):
“Sem dúvida que foi um dos dias mais bonitos da minha carreira. Já são muitos anos, mas ganhar a camisola da montanha era um sonho que tinha desde criança."
"Já em outros anos tinha andado na disputa, mas nunca tinha conseguido vencer. E, hoje chegar, especialmente em Viana do Castelo, na minha cidade, em Santa Luzia, e conseguir realizar este sonho… Não podia pedir melhor. Tenho 36 anos, a minha carreira está a terminar. Não sei se vai ser hoje, se calhar, o meu último dia de Volta a Portugal. Mas, se terminasse hoje, podia sair satisfeito, porque acabei de realizar um sonho de criança. Estou bastante feliz por esta Volta a Portugal e por alcançar este feito”.
- Daniel Babor (vencedor da classificação por pontos):
“Sabe bem. Fizemos uma corrida dura aqui e concretizámos (o objetivo). Estou superfeliz pela equipa e pela minha performance e a da equipa”.
- Jaume Guardeño (vencedor da classificação da juventude):
“A verdade é que é incrível. Desfrutei muito desta Volta e levar esta camisola é uma prenda."
Temos de estar muito contentes pela Volta que fizemos. Pudemos ganhar uma etapa com o Daniel (Babor) e duas camisolas, esta e a dos pontos”.