O piso é a área aerodinamicamente mais sensível do carro, com a escultura de efeito de solo responsável por grande parte do desempenho.
É também a parte mais difícil para as equipas rivais vislumbrarem, a não ser que um carro capote ou seja levantado no ar - como aconteceu, precisamente, com o de Sergio Pérez, depois do mexicano ter batido nas barreiras, durante a qualificação de sábado.
Os fiscais do Mónaco utilizam normalmente gruas para retirar os carros encalhados da pista vedada com metal, devido aos limites estreitos e à falta de escoamento.
"Com estes regulamentos, a parte mais importante é a parte que normalmente não se vê", disse o diretor de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin, aos jornalistas, este domingo.
"Por isso, as equipas vão estar atentas a esse tipo de fotografias. O Mónaco é uma boa oportunidade para conseguir esse tipo de fotografia", assumiu, sem quaisquer rodeios.
A Mercedes, de resto, também teve o carro de Lewis Hamilton, recentemente melhorado, içado no ar, dando uma boa visão da parte inferior, mas Shovlin disse que a Red Bull - vencedora de todas as corridas desta temporada, com quatro vitórias e duas derrotas - ficaria bem mais irritada com estes acontecimentos.
O diretor de desempenho da Aston Martin, Tom McCullough, disse que a exposição da prancha de madeira, que todos os carros de Fórmula 1 têm a meio do piso, também forneceria informações úteis.
"Aprende-se muito com a forma como a prancha está a ser usada. Aprende-se com o que está a tocar. Há muitos aerodinamicistas muito entusiasmados no pitlane, olhando para tudo isso", explicou.
O chefe de equipa da Mercedes, Toto Wolff, brincou no sábado que o operador do guindaste deve ter sido treinado pelo "Cirque du Soleil", tão alto foi o carro de Hamilton levantado, bem como o ângulo em que foi colocado.
"Foi, no mínimo, um mau resultado para nós", acrescentou o austríaco.