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Daniel Alves quebra o silêncio: "Onde quer que eu vá, sobrevivo"

Daniel Alves deixa prisão após 14 meses em prisão preventiva
Daniel Alves deixa prisão após 14 meses em prisão preventivaAFP
O ex-lateral brasileiro Daniel Alves pronunciou-se pela primeira vez após receber liberdade condicional mediante o pagamento de fiança de 1 milhão de euros. O jogador, condenado a quatro anos e meio de prisão por violação, conversou com a reportagem do jornal "El Periódico". De acordo com a publicação, as declarações teriam sido colhidas enquanto Daniel almoçava num restaurante de Barcelona, acompanhado por um amigo.

Daniel Alves afirmou ao El Periódico que o seu único compromisso atualmente tem sido apresentar-se à Justiça toda as sextas-feiras, certificando-se de que está a cumprir a pena e que não fugirá do país.

"É isso o que me cabe. Eu também não tenho muito mais para fazer", declarou Daniel Alves, que qualificou a batalha judicial que atravessa como o maior jogo da sua vida, sem previsão de um "apito final"

O ex-jogador também falou sobre o tempo em que esteve preso. Foram 14 meses em prisão preventiva no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona. Daniel Alves não se mostrou intimidado no local, afirmando ao El Periódico que se adapta a qualquer ambiente. 

"Onde quer que eu vá, sobrevivo. Eu adapto-me a tudo, porque para mim não é o lugar que faz a pessoa, e sim a pessoa que faz o lugar", disse o ex-jogador. 

Entenda o caso

Alves foi acusado de violar uma jovem numa casa de banho do Sutton de Barcelona na madrugada de 30 para 31 de dezembro de 2022.

Segundo a acusação do MP, o ato aconteceu numa área reservada do estabelecimento, onde Alves – que era frequentador assíduo da discoteca e estava no local com um amigo – teria conhecido a mulher, que estava acompanhada de uma prima e uma amiga.

Daniel Alves durante audiência em Barcelona
Daniel Alves durante audiência em BarcelonaAFP

Depois de convidá-las para beber champanhe, o ex-lateral teria convidado a jovem a seguir para outra área exclusiva, onde ficava a pequena casa de banho, do qual a vítima não tinha conhecimento.

No local, segundo o MP, Alves agrediu-a e forçou-a a ter relações sexuais, apesar da resistência da jovem.

A promotora Elisabet Jiménez considerou durante o julgamento que a mulher apresentou uma "história absolutamente credível" desde o início das investigações e destacou que Dani Alves usou a "violência" para forçar a jovem, que "fez o que pôde" para tentar fugir.