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Dono do Everton recusa venda do clube apesar dos protestos dos adeptos

Farhad Moshiri pediu o apoio dos adeptos para que o Everton ultrapasse o delicado momento que atravessa
Farhad Moshiri pediu o apoio dos adeptos para que o Everton ultrapasse o delicado momento que atravessaEverton FC
O acionista maioritário do Everton, Farhad Moshiri, assegurou que não pretende deixar o clube apesar dos recentes protestos dos adeptos, que pedem a sua saída.

O empresário britânico-iraniano procura investimento externo para apoio à constução do novo estádio do emblema inglês, que terá capacidade para 53 mil pessoas.

Frank Lampard foi despedido na segunda-feira, numa altura em que o Everton ocupa o penúltimo lugar da Premier League, o que coloca em risco a permanência do clube no mais importante escalão, que disputa há 69 anos.

As más prestações em campo têm causado a fúria entre os adeptos, que têm visado a direção ao longo das últimas semanas, o que, inclusivamente, motivou a ausência dos responsáveis no jogo contra o Southampton devido a "ameaças credíveis à sua segurança".

Moshiri investiu uma avultada quantia de dinheiro desde a aquisição dos toffees em 2016, mas as perdas nos últimos três anos totalizam 372 milhões de libras (mais de 420 milhões de euros).

O responsável tem sido muito criticado pelo trabalho levado a cabo no clube, especialmente numa fase em que os resultados desportivos não surgem, o que resultou na saída de Lampard, o sétimo treinador a deixar o Everton em sete anos.

"O clube não está à venda, mas tenho falado com grandes investidores, de renome, para preencher a lacuna do estádio", explicou Moshiri numa entrevista com o Everton Fan Advisory Board, um órgão independente de consultoria do clube.

A conclusão do novo estádio do emblema de Liverpool está prevista a tempo da temporada 2024/2025.

"Eu posso fazê-lo, mas pretendo levar as coisas desta forma para trazer investidores desportivos de topo para o Everton. Estamos próximos de ter um acordo fechado", assegurou Moshiri.

"Não se trata de vender o clube, de todo. Queremos apenas trazer mais experiência em temos de patrocínios globais e desenvolvimento comercial", acrescentou.

O apoio dos adeptos em Goodison Park foi fundamental para que o Everton evitasse a despromoção na última época e, agora, o responsável pediu que os adeptos voltem a estar ao lado da equipa para que esta responda a uma crise "existencial".

"Este é o momento mais crítico da nossa história. É quase um ponto existencial. Estou comprometido com este clube, não só pelo estádio, mas para fazer com que se junte à elite. Mas preciso da vossa ajuda", apelou.

"Os adeptos são a parte mais importante do Everton enquanto instituição. Precisamos de enfrentar isto juntos e só o conseguiremos fazer dessa forma. O Everton tem dependido de Goodison e do décimo segundo jogador. Sei que somos muito mais fracos sem o apoio incondicional dos adeptos e vou fazer tudo o que me seja possível para tê-los connosco. Estou focado nisso 24 horas por dia", garantiu.