Depois das duas vitórias do Benfica nos duelos da fase regular do Campeonato Nacional de hóquei em patins, o triunfo do Sporting surgiu ao terceiro embate, a contar para a Taça de Portugal, e de forma expressiva (5-1). Assim, o quarto dérbi da temporada ditou o início da final do playoff. O tira-teimas final.
A jogar em casa e com o Pavilhão da Luz praticamente repleto, os encarnados entraram com tudo e, aos quatro minutos, Roberto Di Benedetto recebeu atrás da baliza, entrou na área, ganhou a frente do lance e, perante Ângelo Girão, inaugurou o marcador. Pouco depois, Toni Pérez viu o cartão azul por falta sobre Nil Roca, Lucas Ordóñez assumiu o livre direto e desperdiçou as duas oportunidades que teve - Girão saiu da linha antes de tempo -, bem como a recarga. Os dois minutos de powerplay esgotaram-se e a vantagem encarnada continuou a ser de apenas um golo.
Ainda antes de chegarmos à marca dos dez minutos, Matías Platero viu novo azul. Carlos Nicolía assumiu, desta feita, a responsabilidade, simulou o remate e Girão voltou a parar a bola. Em superioridade numérica, o golo do Benfica acabou por aparecer: Nicolía recebeu em zona central, colocou rápido na direita, Ordóñez atirou de pronto e, à boca da baliza, Pablo Álvarez encostou.
Já na parte final do primeiro tempo, Roberto Di Benedetto empurrou Nolito Romero junto à tabela e foi sancionado com o cartão azul. Na cobrança do livre direto, Ferran Font entrou dentro da área, mas perdeu no frente a frente com Pedro Henriques. No entanto, os leões conseguiram aproveitar o powerplay, com Alessandro Verona a reduzir com um grande remate de longe. Com o tempo a chegar ao fim, o Benfica saiu do primeiro tempo a vencer por 2-1.
Na etapa complementar, o desafio continuou eletrizante e com as duas equipas a chegarem com perigo à baliza adversária. Assim, chegámos de novo à parte final do encontro com o resultado totalmente em aberto. Já dentro dos últimos seis minutos, Ferrant Font encontrou Nolito Romero solto na esquerda, passou-lhe a bola e o argentino finalizou da melhor forma com um remate cruzado.
Com o resultado empatado, o Benfica voltou a partir para o ataque e a acercar-se da baliza de Girão e, a três minutos do fim, gritou-se golo no Pavilhão da Luz. No entanto, os árbitros não validaram o golo porque, de acordo com as imagens televisivas, o remate foi feito com o patim. O nó não foi desatado, Nolito ainda atirou ao ferro, e o jogo seguiu para o prolongamento.
No tempo extra, as duas equipas jogaram em contenção devido ao número de faltas (nove para cada) e o empate teimava em persistir. A quatro minutos do fim, décima falta do Sporting e nova bola parada para Nicolía - a terceira do jogo para as águias. O argentino atirou de pronto, forte e colocado e bateu Ângelo Girão, colocando o Benfica a vencer por 3-2.
O duelo luso-argentino repetiu-se a 1:11 minutos do fim, depois de Platero ter visto o cartão azul. El Mago Nicolía voltou a levar a melhor, com um remate rasteiro para a direita de Girão. Com a vitória consumada, o Benfica entrou da melhor forma na final do campeonato, que tem novo epílogo já no próximo domingo, no Pavilhão João Rocha.