Entrevista Flashscore a Ença Fati (Mafra): “Toda a gente tem o sonho de marcar num estádio assim”

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Entrevista Flashscore a Ença Fati (Mafra): “Toda a gente tem o sonho de marcar num estádio assim”
Ença Fati abriu o marcador no Estádio do Dragão
Ença Fati abriu o marcador no Estádio do DragãoLUSA
O extremo de 29 anos foi um dos protagonistas do Mafra no empate em casa do FC Porto (2-2), na primeira jornada da Taça da Liga. Em entrevista exclusiva ao Flashscore, Ença Fati deixa elogios a Ricardo Sousa e uma mensagem para o primo, Ansu Fati, que se encontra a disputar o Mundial-2022 com a seleção de Espanha.

Na passada sexta-feira o Mafra tornou-se na sétima equipa de um escalão inferior a sair de casa do FC Porto sem uma derrota. O empate no Dragão (2-2), na primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga, é já uma das surpresas da prova e começou a ser construído pouco depois do quarto de hora, por intermédio de Ença Fati, que respondeu a um cruzamento de Pedro Lucas.

O extremo guineense de 29 anos falou em exclusivo com o Flashscore,sem esconder o orgulho com o resultado mas recochecendo o sabor amargo que ficou por não ter saído com a vitória, depois da vantagem por 2-0 ao intervalo.

- Um grande resultado do Mafra para abrir a fase de grupos da Taça da Liga e logo em casa do campeão nacional. Pensavam que eram capazes de um resultado assim?

- Antes de entrar em campo, o treinador só nos disse para praticarmos o nosso futebol. É um estádio de topo, um clube de topo, mas sabíamos que se fizéssemos o nosso jogo as coisas podiam correr bem. Foi o que aconteceu. Não fomos para empatar, fomos para disputar o jogo, a vitória, e acho que na primeira parte toda a gente viu que fomos superiores ao FC Porto. Na segunda parte sabíamos que eles iam entrar muito fortes e acabaram por marcar cedo (Pepê fez o 1-2 aos 48 minutos), mas acho que se tivéssemos aguentado ali aqueles primeiros 15 minutos saíamos com a vitória, porque estávamos muito confiantes e conhecíamos as fragilidades do FC Porto. Ficámos orgulhosos do que fizemos e a forma como fizemos. Não fomos estacionar o autocarro, praticámos um bom futebol, a sair de desde trás, a encarar o jogo com alegria. Acho que isso foi percetível para todos.

- A surpresa começou a ser construída com um golo do Ença Fati. Como é marcar num Estádio como o do Dragão?

- É muito bom, acho que toda a gente tem o sonho de marcar neste estádio. Ainda para mais quando é assim uma surpresa, foi uma espécie de balde de água fria. Foi uma sensação mesmo muito boa, mas preferia que tivesse sido com uma vitória, pese embora estejamos a falar de um campo muito complicado. Estou a receber tantas mensagens que ainda não acredito.

- É um corolário de uma época que tem vindo a correr bem (11 jogos, dois golos e duas assistências). Como está a ser este início de aventura pelo Mafra?

- Este ano foi muito difícil para mim, comecei muito tarde, mas o Mafra deu-me um voto de confiança. Gostei do projeto pelo treinador que era, a maneira como ele joga, eu revia-me nisso. Fiz o primeiro jogo ali por volta quinta jornada e custa sempre, porque tens de trabalhar mais que os teus colegas para apanhar o ritmo, mas é o que eu sempre digo: com trabalho e humildade as coisas aparecem.

- E para este ano quais são os objetivos?

- Isso é uma coisa que por norma fica só entre nós no balneário. Queremos garantir a manutenção o mais rapidamente possível e depois pensar ali nas posições cimeiras, chegar à zona de play-off (terceiro lugar). Quanto a mim, para todas as equipas onde vou quero subir de divisão, e fazer história com o Mafra era muito bom. Gostava também de conhecer outros campeonatos, mas neste momento estou muito focado aqui. Temos uma grande equipa e um grande treinador para fazer uma boa época.

“Quando um marca, o outro é logo a seguir”

 A brilhar em Portugal, Ença Fati goza de uma relação especial com um dos grandes prodígios do futebol europeu. Convocado pela primeira vez para um Campeonato do Mundo, o primo Ansu Fati é internacional por Espanha e recebeu uma palavra de apoio do jogador do Mafra.

Somos família, mas temos falado pouco. Ele está muito focado no Mundial e eu também tenho de estar focado aqui. Falamos algumas vezes depois dos jogos, nos fins-de-semanas, mas sei que ele está bem. E acho que certamente vai fazer o golo, porque quando um marca, o outro é logo a seguir”, brincou, num vaticínio que certamente os adeptos espanhóis assinariam por baixo para o jogo com a Alemanha, da segunda jornada do Grupo E.