Luisa passou um ano longe das courts devido a uma ruptura no ligamento do joelho direito, diagnosticada em setembro de 2021. Explicou que a participação limitada a competições de duplas faz parte de uma estratégia de regresso da lesão, mas reforçou o desejo de se aventurar nos torneios de singulares.
"Depois da lesão, achei mais prudente voltar nas duplas para me estabelecer e voltar a ter confiança no meu corpo. Melhorar até voltar a ter uma carreira individual. Sempre que possível vou tentar jogar, e quem sabe no futuro volte a criar objetivos no circuito de singulares", explicou a paulista de 25 anos, que joga ténis desde os 10. "Mas, por enquanto, o meu foco é nas duplas."

Parceria fixa está no radar
Luisa Stefani disputou com a canadiana Gabriela Dabrowski o "Sunshine Double", como são conhecidos os torneios WTA 1000 de Indian Wells e Miami, nos Estados Unidos. As duas tiveram uma parceria de sucesso em 2021, quando venceram o WTA 1000 de Toronto e ficaram com o vice-campeonato de Cincinnati e San José.

Sem parceira fixa, a brasileira, em dupla com Dabrowski, ficou pelos quartos de final em Indian Wells e na primeira ronda em Miami. Stefani indicou que tem vontade de estabelecer continuidade com Dabrowski e que isso a ajudaria em termos de ranking.
"Ter uma parceria fixa e jogar várias vezes com a mesma tenista, com a Gabi (Gabriela Dabrowski), por exemplo... Nós temos mais tempo para construir e treinar juntas. Com isso vamos adaptando e aprendendo com as vitórias e derrotas. Também, obviamente, focar num objetivo mais a longo prazo, que é disputar o WTA Finals no final do ano", analisou.
Foco no ouro em Paris
Depois do bronze em Tóquio, a tenista entrou naturalmente no radar olímpico da equipa do Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Luisa não se esquiva da responsabilidade e, sem revelar possíveis parcerias, diz que pretende jogar tanto nas duplas como nas duplas mistas.
"Já visando Paris-2024, a competição singular é inviável, mas pretendo estar nas duplas femininas e duplas mistas. Com certeza, a nossa meta lá vai ser conseguir mais medalhas e o ouro para o Brasil. É sempre assim quando competimos pelo nosso país, principalmente depois da nossa experiência em Tóquio", disse a primeira medalhada olímpica da história do ténis brasileiro — ao lado de Laura Pigossi.

TÉnis feminino brasileiro
Além de Luisa e Laura, o tênis feminino brasileiro vive um grande momento com Beatriz Haddad Maia, figura frequente nos principais torneios de singulares e duplas. Recentemente, Bia conquistou a melhor posição de uma brasileira na história do ranking individual da WTA. Stefani contou uma história deste ano para exemplificar o grande momento das tenistas do país.
"Houve até uma situação engraçada em Indian Wells em que eu, a Bia e a Laura nos encontramos na sala de fisioterapia e comentamos: "Que momento!" Quanto tempo faz que não temos três brasileiras numa salinha de fisioterapia de um WTA 1000 e convivendo num dos maiores torneios do mundo. Foi um momento muito porreiro e isso mostra o quão importante é esta fase do ténis feminino brasileiro", disse.
A próxima competição de Luisa Stefani é precisamente a representar o ténis brasileiro. Nos dias 14 e 15 de abril, ela vai defender o país na Billie Jean King Cup, contra a Alemanha, em Estugarda. Depois, seguirá nos torneios de terra em parceria com Gabriela Dabrowski.