Exclusivo Flashscore com Aaron Aby, herói de Wrexham, que fintou um cancro e a fibrosa cística

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Exclusivo Flashscore com Aaron Aby, herói de Wrexham, que fintou um cancro e a fibrosa cística

Aaron Aby comemora após finalizar Gerardo Fanny no Cage Warriors 136
Aaron Aby comemora após finalizar Gerardo Fanny no Cage Warriors 136Profimedia
Aaron Aby (33 anos) diz que está "concentrado" antes do seu combate pelo título mundial contra Elias Garcia (31 anos) na AO Arena, este sábado. Porém, como o próprio revela ao Flashscore, o seu último combate em Manchester é apenas mais uma batalha numa vida de desafios.

O lutador galês regressará a Oktagon na próxima semana, mas fora da jaula Aby já lutou contra dois grandes desafios: ultrapassar o cancro em fase três e lidar com a fibrose cística.

Aby foi diagnosticado com fibrose cística, uma doença hereditária que afeta predominantemente os pulmões e o sistema digestivo, quando tinha apenas duas semanas de idade.

Inicialmente, tinha planeado ser jogador de futebol e, enquanto adolescente talentoso, representou o País de Gales, nos escalões sub-13 aos sub-17, jogando ao lado de Gareth Bale, Aaron Ramsey e Joe Allen - mas manteve a sua doença em segredo.

Treinando em Wrexham durante o dia, Aby passava as noites no ginásio, participando em aulas dirigidas pelo seu tio Julian, para pessoas com fibrose quística.

Foi no ginásio que começou a sua paixão pelas artes marciais mistas.

Aaron Aby dá um murro em Gerardo Fanny durante o Cage Warriors 136
Aaron Aby dá um murro em Gerardo Fanny durante o Cage Warriors 136Profimedia

"O meu tio iniciou-me no MMA porque costumava treinar e começou a ter aulas em que os lucros revertiam a favor da fibrose cística", conta ao Flashscore.

"Comecei a treinar com ele e apaixonei-me pela modalidade", assume.

Inicialmente, Aby treinava duas vezes por semana, mas foi aumentando gradualmente para três e depois quatro noites por semana. Eventualmente, o seu desejo de fazer combates amadores sobrepôs-se às suas ambições futebolísticas.

"Tive a sorte de estar rodeado de pessoas com uma atitude e abordagem profissionais desde muito jovem", afirma.

"Isso ajudou-me no meu jogo de artes marciais mistas. A fibrose cística ensinou-me muito sobre a luta, e a luta ajudou-me com a fibrose cística. A vida é uma luta, por isso que melhor maneira do que lutar por um emprego? É algo que eu adoro", explica.

Aaron Aby comemora a derrota de Gerardo Fanny no Cage Warriors 136, na BEC Arena, em Manchester
Aaron Aby comemora a derrota de Gerardo Fanny no Cage Warriors 136, na BEC Arena, em ManchesterProfimedia

Mais tarde, Aby foi diagnosticado com cancro nos testículos na fase três e, após intensa quimioterapia, recebeu a autorização geral em março de 2019.

Notavelmente, voltou à promoção Oktagon MMA - que faz sua estreia no Reino Unido em Manchester a 4 de novembro - apenas oito meses depois.

"As batalhas que vivi fora da jaula ensinaram-me muitas lições. Sinto que esta oportunidade (em Manchester) me ensinou a ser persistente, empenhado e a nunca desisti", afirma.

Aaron Aby enfrenta Elias Garcia a 4 de novembro
Aaron Aby enfrenta Elias Garcia a 4 de novembro.

Ao subir na hierarquia e enfrentar Garcia pelo título mundial, o que pensa do sucesso do seu antigo clube, o Wrexham, que fez um regresso em grande estilo à liga de futebol?

"É fantástico para a cidade. A comunidade merece-o, pois apoiou o clube durante os tempos difíceis e merece este momento. É uma história parecida com a minha. Orgulho-me de ser de Wrexham e de representar os seus habitantes.  Só estou concentrado em tornar-me campeão do mundo", afirma.