Exclusivo Flashscore com Reggie Redding, dos 76ers: "A porta de Doc Rivers está sempre aberta"

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Exclusivo Flashscore com Reggie Redding, dos 76ers: "A porta de Doc Rivers está sempre aberta"

Exclusivo Flashscore com Reggie Redding, dos 76ers: "A porta de Doc Rivers está sempre aberta"
Exclusivo Flashscore com Reggie Redding, dos 76ers: "A porta de Doc Rivers está sempre aberta"Profimedia
Reggie nasceu em Filadélfia, vestia a camisola azul quando era criança e jogou basquetebol universitário na vizinha Villanova, nos tempos de faculdade. Aos 34 anos, o antigo jogador, que era um dos melhores e mais populares da Liga Alemã de Basquetebol, na qual representou Tigers Tubingen, Alba Berlin e Bayern de Munique, deixou a quadra mas continua ligado à modalidade, integrando a equipa técnica dos Philadelphia 76ers, da NBA.

- Reggie, qual é a sua rotina num dia normal de trabalho? 

- Acordo cedo, às oito horas, e conduzo até ao centro de treinos dos 76ers. Às 10:00 horas, temos shootaround. Depois do treino, regresso a casa e tento dormir uma sesta. Quando jogamos às 19:00, o primeiro jogador chega para o aquecimento por volta das 16:15. Por isso, vou agora a caminho da arena - Reggie estava a caminho do jogo da equipa contra os Golden State Warriors -, onde chego por volta das 15:30 para me preparar para o jogo. Naturalmente, estamos também muito na estrada e viajamos com a equipa para os jogos fora.  

- Vive perto da arena de treino dos 76ers? 

- Vivo com a minha família no bairro da universidade em Villanova, onde joguei. É uma espécie de subúrbio de Filadélfia. O nosso centro de treinos da NBA fica em Camden, Nova Jersey. Conduzo cerca de 45 minutos todos os dias para o treino. Mas não é longe, por isso tudo bem. 

- Que tipo de funções assume na equipa?

- Eu cuido do desenvolvimento do jogador. Se os atletas chegarem e quiserem fazer exercícios de basquetebol, esse é o meu trabalho. O jogador com quem mais trabalho é o Tobias Harris. Mas também ajudo outros, como o Joel Embiid ou o James Harden. Onde quer que eu seja necessário, lá estou. 

- Quais os aspetos que trabalha com os jogadores? 

- Isso depende de cada jogador, claro. Atletas como o Tobias são muito profissionais e na maioria das vezes sabem exatamente o que querem fazer. Há dias em que querem trabalhar o lançamento e, quando assim é, praticamo-lo. Noutros querem melhorar o controlo da bola.  

- Sente falta de jogar? 

- Essa é a coisa boa do meu trabalho. Eu jogo muito com os rapazes. Se eles querem treinar um contra um, eu faço-o, também há momentos que falta um jogador no treino e, para fazermos cinco contra cinco, eu entro. É ótimo jogar com alguns dos melhores jogadores de basquetebol do mundo. É bom, mesmo que eu não seja jogador dos 76ers. Ainda recebo a minha pequena dose, mas é claro que sinto falta da competição certa.

Joel Embiid esteve destaque pelos 76ers contra os Warriors
Joel Embiid esteve destaque pelos 76ers contra os WarriorsProfimedia

- Qual o jogador da equipa mais difícil de defender? 

- Eu diria o Joel Embiid. Ele é muito bom. Eu tinha de ser um bocado maior para conseguir pará-lo (risos). Mas Tyrese Maxey também é muito difícil de defender. É incrivelmente rápido e ágil. 

- O Reggie já terminou oficialmente a sua carreira de jogador? Não encontrámos nada a respeito. 

- Foi estranho. Na última vez que joguei em Belgrado (no Partizan, até 2020), tive uma lesão no peito e precisei de uma cirurgia. Na altura, a COVID-19 apareceu e mandou-nos para casa. Na temporada seguinte, fiquei em casa e continuei a recuperar da lesão. Durante esse período, fui pai e no verão do ano passado perguntei a mim mesmo: Estou em forma de novo, vou voltar para lá, o que é que eu faço? O meu pai faleceu em junho. Depois disso, decidi terminar a minha carreira. Não estava pronto para deixar a minha casa duas ou três semanas depois da morte do meu pai. Passado algum tempo, recebi uma chamada dos 76ers. Isso foi um sinal para eu parar de jogar e começar a treinar.

O treinador Doc Rivers (esquerda) e o ala Tobias Harris
O treinador Doc Rivers (esquerda) e o ala Tobias HarrisProfimedia

- Como é trabalhar para os 76ers sob o comando do técnico de Doc Rivers?

- É simplesmente fantástico aprender com os treinadores. Principalmente com o Doc, claro. Eu acompanho-o há anos. Poder começar a minha carreira de treinador com ele é simplesmente incrível. O Doc é um treinador acolhedor, que nos recebe sempre no escritório dele. Podemos sempre perguntar-lhe algo e conversar com ele. Ele ajuda e a sua porta está sempre aberta, nunca está com raiva ou de mau humor. Estou muito feliz por trabalhar com um treinador como ele. 

- Nasceu na Filadélfia. Como é fazer parte do clube? 

- Sou um sortudo. Terminei a minha carreira de jogador e tive a oportunidade de ingressar no 76ers imediatamente depois. Isso não é uma questão de curso. Tenho sorte dupla por poder fazer o que faço pela equipa da minha cidade. Cresci em Filadélfia, estudei e andei na faculdade aqui. Sempre fui fã dos 76ers. E agora tenho a oportunidade de fazer parte deste clube.  

- Como antevê a sua própria carreira de treinador? 

- Pensei muito sobre isso, mas ainda não tenho certeza. Tenho um contrato de dois anos com o 76ers, para esta temporada e para a próxima. Depois da próxima época, terei uma melhor ideia sobre em que direção seguirei. Agora, estou apenas a desfrutar do que estou a fazer. Desde que me divirta e evolua, vou adorar.  

Reggie jogou pelo Alba Berlin e chegou a derrotar os Spurs em 2014
Reggie jogou pelo Alba Berlin e chegou a derrotar os Spurs em 2014Profimedia

- Que recordações tem do período em que jogou na Alemanha?

- Amo a Alemanha. Sempre gostei de viver e jogar lá. Os melhores anos da minha carreira foram provavelmente os dois em Berlim. Joguei bem, a cidade era ótima e o Alba sempre cuidou de mim. Até hoje, ainda tenho boas relações com alguns dos meus companheiros de equipa da época. Berlim foi o ponto alto da minha carreira na Europa.