O austríaco também deixou claro no mais recente episódio do podcast Beyond The Grid, da Fórmula 1, que não estaria a abrir quaisquer portas ao italiano. Binotto deixa Maranello no final do mês após ter entregue o seu pedido de demissão em novembro.
"Era claro que ele estava sob uma pressão tremenda. Sendo o chefe de equipa na Ferrari, é melhor ter um bom acordo para a sua saída. Agora, provavelmente o inevitável aconteceu, mas ele aguentou mais tempo do que eu pensava", disse Wolff.
Binotto foi nomeado diretor da equipa em janeiro de 2019, mas parte com a Ferrari ainda a perseguir o primeiro título desde 2008, depois de terminar em segundo lugar, atrás da Red Bull, em 2022.
A Mercedes já tinha recrutado pessoas de topo da Ferrari, com o antigo diretor técnico Aldo Costa a juntar-se em 2014 e a ajudar a conceber uma série de carros vencedores antes de abandonar o projeto, no final de 2019. James Allison passou de diretor técnico da Ferrari em 2016 para o mesmo papel na Mercedes em 2017.
No entanto, Wolff excluiu uma vaga para Binotto, cuja formação é em engenharia.
"Não, penso que houve demasiada louça partida entre nós nos últimos dois anos para que isto fosse possível. Com as outras equipas, não posso dizer. Mas certamente Mattia compreende a Fórmula 1 de dentro para fora e talvez encontre um papel noutra equipa".
O chefe da equipa Alfa Romeo, Frederic Vasseur, é o favorito para substituir Binotto.
Wolff, que reconheceu que teria achado o trabalho tentador se tivesse sido abordado pela Ferrari antes de se juntar à Mercedes, disse que o papel estendia-se para lá da Fórmula 1. "É um nicho onde o desporto, os regulamentos, o órgão dirigente, o detentor dos direitos comerciais, os concorrentes e todos nós estamos basicamente fechados nesta gaiola que é o paddock. É preciso ser politicamente astuto".