Fundada no início de Maio, a Liga Brasileira de Futebol (Libra) anunciou, esta terça-feira, que chegou a acordo com o fundo Mubadala Capital, baseado nos Emirados Árabes Unidos, para a venda de 20 por cento do capital. Um negócio que deverá ficar selado nos cinco mil milhões de reais (cerca de 965 milhões de euros).
"Após concurso gerido pelo Banco BTG Pactual e Codajas Sports Kapital, uma assembleia da Libra (...) aprovou em 7 de novembro negociações exclusivas com a Mubadala Capital", pode ler-se no comunicado.
O dinheiro será repartido entre os 14 clubes que compõem a Libra: Grémio, Botafogo, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Bragantino, Guarani, Ponte Preta, Novorizontino e Ituano. Segundo o jornal O Globo, cada clube receberá um valor diferente pelo negócio.
Contudo, poderá estar aqui um potencial problema. De acordo com o Globoesporte, o Mubadala Capital exige que os 20 clubes que vão participar no primeiro escalão do futebol brasileiro estejam incluindos na Libra para investir, o que não acontece. A formação deste organismo, que pretende comercializar o campeoanto, fraturou os emblemas das duas primeiras divisões e os 14 que não se quiseram juntar à Libra criaram a Liga Forte Futebol (LFF).
Entre os conjuntos que fazem parte da LFF estão nomes como América Mineiro, Athletico Paranaense, Atlético Mineiro, Fluminense ou Internacional todos com presença assegurada no Brasileirão em 2023. De resto, dos 40 clubes que estão nas duas primeiras divisões do futebol brasileiro, só o Bahia é que não se juntou a nenhum lado, sendo que o tricolor de Aço é um dos clubes que vai subir da Serie B.
A forma como as receitas vão ser divididas pelos clubes tem sido um dos tópicos que mais fraturas tem criado entre os dois blocos e que levou a este impasse.