E agora Miroslav Klose está a virar a esquina. Como se a agitação no 1. FC Kaiserslautern já não fosse suficientemente grande, depois de sete derrotas consecutivas na segunda divisão, rumores sobre a equipa e o treinador e um ataque verbal generalizado por parte do patrão...
Numa entrevista ao grupo de comunicação Münchner Merkur/tz, Klose revelou que gostaria de ser treinador do seu clube de origem, depois de se ter separado de Dirk Schuster no início de dezembro. No entanto, o diretor executivo do Kaiserslautern, Thomas Hengen, decidiu não aceitar o recordista de golos do Mundial.
"Infelizmente, o regresso não foi possível. Dimitrios Grammozis ganhou a corrida", disse o dirigente de 45 anos: "Só lhe desejo o melhor".

No entanto, cada vez menos pessoas no clube concordam com esses desejos. Afinal, a mudança de Schuster para Grammozis não surtiu efeito. O novo treinador perdeu os três jogos sob a sua direção, mais recentemente no sábado frnte ao St. Pauli (0-2). Os Diabos Vermelhos, que enfrentam o Schalke 04 na sexta-feira, estão agora a apenas um ponto da zona de descida.
Por isso mesmo, as declarações de Klose causaram um enorme alvoroço nas redes sociais dos sempre emotivos adeptos do Kaiserslautern, muitos dos quais gostariam de ver o ídolo do clube no lugar de Grammozis.

Chefe do desporto apela a mais coesão
Para acalmar as ondas que envolvem o tradicional clube, Hengen foi obrigado a desmentir as notícias que circulam na Internet sobre uma suposta revolta dos jogadores contra Grammozis e a demissão do treinador, através de uma declaração detalhada na segunda-feira.
"É preciso reagir, caso contrário, as coisas vão piorar cada vez mais", declarou Hengen ao jornal Rheinpfalz: "As pessoas estão a passar dos limites. Posso difamar qualquer pessoa na Internet, destruir qualquer pessoa se quiser. As pessoas nem sequer se apercebem das consequências do que podem provocar com as suas publicações".
Tendo em vista o jogo contra o Schalke, diante de quase 50 mil espectadores no Estádio Fritz Walter, com lotação esgotada, Hengen coloca agora a responsabilidade nos jogadores: "A equipa tem de mostrar que acredita em si própria. Isso é o mais importante".
Se isso não acontecer, as coisas também podem ficar complicadas para Hengen. Uma nova descida para a terceira divisão não é uma opção para o clube, que não está na Bundesliga desde 2012.
Para evitar o pior cenário, Hengen está a tentar cerrar fileiras com os adeptos.
"Não devemos distanciar-nos uns dos outros, mas sim aproximar-nos, especialmente agora nestes tempos difíceis, e não permitir que pessoas de fora criem uma barreira entre o clube e os adeptos. Só podemos fazer isso juntos".