Dorival começa a reconstrução do Brasil com muitas ausências

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Dorival começa a reconstrução do Brasil com muitas ausências

Vinicius, com o Brasil
Vinicius, com o BrasilAFP
Sem os principais guarda-redes, o central titular, o capitão e o "10": uma série de ausências graves coloca em xeque o início da campanha de Dorival Júnior, na exigente estreia como técnico do Brasil.

O ex-treinador de Flamengo e São Paulo não poderá contar com os guarda-redes Alisson e Ederson, o central Marquinhos, o capitão Casemiro e o melhor marcador da história da seleção, Neymar, para as partidas contra a Inglaterra, no sábado, em Wembley, e contra a Espanha, na próxima terça-feira, em Madrid.

Os dois particulares serão trampolins para a Copa América nos Estados Unidos (20 de junho a 14 de julho) e para a qualificação sul-americana do Mundial-2026, que recomeçam em setembro e nas quais a seleção está em sexto lugar..

Os últimos jogos do Brasil
Os últimos jogos do BrasilFlashscore

As lesões do experiente quinteto, além de outras ausências menos divulgadas, podem azedar a estreia de Dorival no comando de uma seleção pentacampeã mundial desesperada por resultados e, sobretudo, para evitar vexames como os de 2023.

O Brasil de Dorival Júnior vai para sua "reconstrução" sem vitórias (quatro jogos sem vencer, sendo três derrotas) e uma crise nos gabinetes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

"É natural que passemos por um processo até encontrarmos um caminho melhor para alcançar os melhores resultados", disse Dorival Júnior, 61 anos, ao chegar a Londres no domingo. Desde que assumiu o cargo, em janeiro, ele pediu paciência e avisou que os resultados "vão demorar a aparecer".

Falta de armadores e laterais

Na primeira convocatória , o treinador optou por uma "reformulação gradual" da lista de convocados em relação à última anunciada por Fernando Diniz, demitido em janeiro.

Serão oito homens com experiência em Mundiais, liderados por Vinícius Jr, e onze sem minutos com o escrete, entre eles os três guarda-redes, três defesas-centrais, o atacante Sávio, figura do Girona, bem como Wendell e Galeno, do FC Porto.

Nove jogam em equipas brasileiras, incluindo o atacante Endrick.

Dorival já treinou uma dezena dos jogadores citados acima em vários clubes locais, entre eles Lucas Paquetá, Rodrygo, João Gomes, Andreas Pereira e o central Lucas Beraldo, de 20 anos, que está a afirmar-se no Paris Saint-Germain.

"O Brasil não está a passar por um grande momento (...) Dorival tem todo o direito de fazer mudanças", disse o lendário Zico aos jornalistas no Rio de Janeiro na terça-feira: "Ele optou, neste momento, por ter um número maior de jogadores que ele já conhecia e com os quais já teve bons resultados."

Na terra de Pelé, onde nenhuma convocatória deixa todos felizes, há um consenso de que Dorival optou por uma base que privilegia o equilíbrio defensivo e que evidencia a dificuldade de encontrar novos organizadores no meio-campo.

O debate sobre o talento da geração atual também está vivo.

"É um facto que o Brasil está bem servido de médios-defensivos, mas faltam organizaodres de qualidade", escreveu o comentador Luís Curro no jornal Folha de S. Paulo: "É triste constatar que o Brasil, que teve Cafu, Jorginho, Maicon, Roberto Carlos, entre outros, vive também uma prolongada falta de bons laterais, tanto na direita como na esquerda".