França e Chile defrontam-se na terça-feira no Stade Velodrome de Marselha, às 20:00, onde um conjunto de estrelas francesas, lideradas pelo avançado Kylian Mbappé, defrontarão um misto de jovens e velhas glórias chilenas.
"É claro que hoje não estivemos ao nível do jogo de alto nível que os alemães apresentaram", admitiu o técnico da França, Didier Deschamps, após a derrota com os teutões.
Falta de intensidade
França e Alemanha são duas equipas históricas do futebol. Cada uma ganhou um Campeonato do Mundo na última década.
Embora se esperasse um confronto de titãs, o primeiro golpe da noite foi mais rápido do que o esperado. Florian Wirtz, um dos principais jogadores do Bayer Leverkusen, líder da Bundesliga, abriu o marcador? Aos 8,5 segundos!
As estrelas da França, em especial Kylian Mbappé, não deram nas vistas. Sentiram falta da criatividade e do sacrifício de Antoine Griezmann, que, pela primeira vez em sete anos, não jogou depois de ter ficado de fora com uma lesão no tornozelo.
As principais opções dos azuis contra os chilenos serão através das botas de Mbappé. Um jogador contra o qual o próprio treinador do Chile, Ricardo Gareca, admite que não tem um plano específico.
"Não existe um plano 'anti-Mbappé'. Ele é um jogador diferente, está fora de qualquer plano. Mas é preciso tomar precauções para tentar controlar (a partida)", disse Gareca em entrevista coletiva antes do jogo.
Confirmar o favoritismo
Apesar da derrota no fim de semana, a França conta com um grupo de estrelas habituadas a jogar em grandes palcos. Quatro dos jogadores da equipa que alinhou contra a Alemanha fizeram parte do plantel vencedor na Rússia-2018. Nenhum deles tem mais de 30 anos.
A maior parte do resto do plantel tem a experiência da última final do Mundial contra a Argentina. E quase todos eles são titulares nas melhores equipas do velho continente.
"Queremos fazer grandes coisas e queremos alcançá-las sob a forma de troféus", disse Mbappé em entrevista ao programa desportivo Telefoot.
O Euro- 2024 começa a 14 de junho e os franceses estarão no Grupo D com Países Baixos, a Áustria e o vencedor do play-off entre a Polónia e o País de Gales, que será disputado na terça-feira.
Chile volta às velhas glórias
A seleção sul-americana ganhou novo fôlego sob o comando de Gareca, que estreou com uma goleada de 3-0 sobre a Albânia na última sexta-feira. Há anos o Chile busca um substituto para deixar para trás a chamada "Geração de Ouro", que deu ao país seus dois únicos títulos, a Copa América de 2015 e 2016.
El Tigre procura um equilíbrio entre os dois mundos. O treinador colocou em campo o defesa Mauricio Isla e o atacante Eduardo Vargas após dois anos de ausência no Chile. O guarda-redesClaudio Bravo, 40 anos, também voltou após um ano de ausência.
O veterano Vargas, de 34 anos, abriu o placar para o Chile, mas seus companheiros mais jovens não ficaram muito atrás. Marcos Bolados (28) aumentou a vantagem, e Victor Davila (26) fechou a goleada sobre a Albânia.
"Se houver um jogador de idade avançada, mas que esteja num grande momento e, se estivermos convencidos de que ele contribui, no nosso caso não hesitaremos", disse o treinador argentino após a estreia.
O Chile vai disputar a Copa América nos Estados Unidos em junho, onde partilha o Grupo A com a atual campeã Argentina, o Peru e o Canadá.