O Raja, que foi, em termos oficiais, a equipa visitada no duelo disputado no estádio que as duas equipas partilham, duplicou o preço dos bilhetes mais baratos e o presidente do clube, Aziz El-Badraoui, não se deixou demover apesar das críticas.
"Quem não puder pagar o preço do bilhete ou o considerar caro, deve ver o jogo em casa", atirou o dirigente.
Na sequência das polémicas declarações, um grupo de adeptos afeto ao Wydad respondeu através das redes sociais.
"O futebol é para os adeptos e não é razoável, nem aceitável, trocar a paixão dos fiéis adeptos e tentar explorá-la na esperança de encher os cofres e os bolsos", escreveram os Ultras Winners 05 na sua página de Facebook.
Esta foi a primeira vez em que os adeptos do Wydad optaram por não marcar presença num encontro da equipa frente ao Raja, apesar de os últimos dérbis não terem tido espectadores nas bancadas por razões disciplinares. Para além disso, os adeptos do clube rejeitaram também o encerramento para renovação de uma zona do estádio que habitualmente lhes é afeta.
A partida, a contar para o Liga marroquina, terminou empatada (2-2) e foi envolta em polémica, uma vez que a equipa de arbitragem deu oito minutos de descontos, mas acabou por assinalar uma grande penalidade a favor do Wydad ao 13.º minuto de compensação.
Ayman El-Hassouni converteu o castigo máximo e restabeleceu a igualdade, já depois dos golos de Yousri Bouzok e Mohamed Boulacsou, pelo Raja, e de Arsene Zola, pelo Wydad.