Depois do sucesso no Mundial-2022, onde se tornou a primeira seleção africana a chegar às meias-finais, Marrocos vai dar início a um plano para se manter no topo do futebol mundial. Esta terça-feira, o Medias24 apresentou um plano que está a ser desenvolvido pela federação local (FRMF) e que pretende modificar a formação de jogadores.
Além do lançamento do complexo Mohamed VI, um dos principais viveiros para o talento marroquino e da construção de centros de estágios para as seleções, a FRMF vai mexer na forma como os clubes gerem as academias.
E promete ser uma autêntica revolução. Os clubes passam a ser responsáveis única e exclusivamente pelo plantel principal. As equipas de formação (dos 10 anos aos sub-23) vão ser transformadas em SADs e cedidas a investidores (OCP, Taqa e sociedades privadas) que vão ser responsáveis pela gestão de atletas, criação de centro de treinos, das sessões de trabalho, assistência aos jovens fora de campo, e da constituição de equipas técnicas sob a supervisão da FRMF.
Quando os clubes quiserem contratar o jogador, ou seja, torná-lo profissional, terão de pagar 300 mil dirhams (28 mil euros) aos investidores privados. Sendo que 25% de uma futura transferência também fica na posse das empresas.
“Estamos a mudar o sistema que durou nas últimas décadas. Tudo o que está relacionado com o treino vamos retirar dos clubes, que vão delegar essa missão a uma sociedade privada”, explicou Fouzi Lekjaa, presidente da FRMF.