"Ele tem outros interesses, uma família, gosta de manter a cabeça limpa, gosta de jogar golfe. De repente, tem de ser responsável por uma empresa em crise: um mundo novo para ele", afirmou Matthäus: "Talvez tenha subestimado isso".
"Também esperava uma liderança mais clara por parte do presidente Herbert Hainer ", acrescentou a antiga estrela do Bayern. Além disso, as transferências do diretor desportivo Hasan Salihamidzic não foram "tão boas como se pensava".
Oliver Kahn não tinha experiência suficiente para as pessoas e para o clube, analisou o agora comentador desportivo.
"As pessoas em Munique vivem e amam o Bayern, estão atualmente a sofrer com o clube. Apercebo-me disso ao almoço, em conversas na rua. Mas Oliver não vai lá, talvez por isso lhe falte o sentimento do que faz vibrar os adeptos, o que os move", disse Matthäus.
"Oliver Kahn é invisível no escritório, para os funcionários", acrescentou o antigo médio.
Recentemente, Matthäus entrou em confronto com Kahn, em direto na televisão, por ocasião do clássico entre o Bayern e o Borussia Dortmund (4-2). No entanto, durante as especulações sobre o futuro de Kahn em Munique, este tinha-se pronunciado contra uma separação entre as partes.
No entanto, o dirigente de 62 anos atestou agora a toda a direcção "um défice de credibilidade" devido ao despedimento do treinador Julian Nagelsmann. Ele advertiu o sucessor de Nagelsmann, Thomas Tuchel, que havia repetidamente colocado Thomas Müller no banco nos últimos tempos.
"Outros treinadores em Munique falharam por causa de Thomas Müller", recordou.