Antes da competição, discutiu-se a possibilidade de usar braçadeiras "One Love" como forma de protesto, pelo facto de a atividade homossexual ser ilegal no Catar, mas os organizadores e a FIFA avisaram os jogadores para não o fazerem.
"Fomos abandonados antes do Campeonato do Mundo porque a responsabilidade pertence às autoridades e, por isso, a decisão passou a ser livre e individual", disse Deschamps a uma comissão que analisa as "falhas operacionais das federações desportivas".
"A decisão de realizar o Campeonato do Mundo no Catar foi tomada antes de eu ser treinador", afirmou Deschamps.
Oito federações da Europa Ocidental ponderaram obrigar os seus capitães nacionais a usar uma braçadeira "One Love", mas acabaram por ceder, alegando ameaças da FIFA.
"Nas semanas que antecederam (o Campeonato do Mundo), surgiram questões não desportivas e pedimos aos jogadores, com sensibilidades diferentes consoante o país e a cultura, que tomassem uma posição", acrescentou.
"Estamos vinculados às decisões da FIFA", acrescentou.
"É preciso seguir as recomendações da FIFA. Se tivesse havido uma ação colectiva e geral, teria sido melhor", disse Deschamps.
"Já tínhamos muito com que nos preocupar", alegou.
Para a sua fotografia oficial, antes do primeiro jogo contra o Japão, a 23 de novembro, os jogadores alemães colocaram as mãos sobre a boca para sugerir que tinham sido amordaçados.
O presidente da Federação Francesa de Futebol na altura, Noel Le Graet, expressou a sua oposição à braçadeira "One Love".