Face a uma equipa de Marrocos determinada, a seleção francesa tem que se superar

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Face a uma equipa de Marrocos determinada, a seleção francesa tem que se superar

A França tem um grande obstáculo para chegar aos quartos de final
A França tem um grande obstáculo para chegar aos quartos de finalAFP
Esta terça-feira, a seleção francesa feminina defronta a surpresa Marrocos nos oitavos de final do Campeonato do Mundo feminino. Depois da vitória sobre o Panamá (3-6), as Bleus serão postas à prova contra um bloco baixo e agressivo que faz lembrar a Jamaica.

França evitou a Alemanha... mas vai defrontar Marrocos. Uma surpresa, uma vez que as Leoas do Atlas estão a disputar o seu primeiro Campeonato do Mundo. Isso não significa, no entanto, que o jogo dos oitavos de final seja propriamente fácil. Pelo contrário: inteligentes, compactas e eficazes, as marroquinas vão dar muito pouco às francesas.

Cuidado com o jogo traiçoeiro

No papel, a França é favorita. No ranking da FIFA, as francesas estão separados de Marrocos por 67 seleções, mais do que o Panamá. Mas a realidade tem mostrado até agora que nem tudo na vida é ditado por números. Humilhados pela Alemanha na estreia no Campeonato do Mundo (6-0), as jogadoras de vermelho recuperaram primeiro contra a Coreia do Sul (1-0) e depois, surpreendentemente, contra a Colômbia (1-0).

Não se deve, portanto, subestimá-las, nem disputar estes oitavos de final com excesso de confiança. Hervé Renard garantiu isso mesmo na conferência de imprensa de segunda-feira: "Marrocos não está aqui por acaso. É um jogo do mesmo calibre que o nosso contra o Brasil, e respeitamos o nosso adversário".

A repartição ofensiva de Marrocos no jogo com a Colômbia
A repartição ofensiva de Marrocos no jogo com a ColômbiaAFP/Opta by Stats Perform

Mas, uma vez em campo, como evitar um jogo traiçoeiro? Com união e os mesmos lampejos de brilho de antes. Marrocos vai, sem dúvida, jogar com um bloco baixo, defensivo, quase impenetrável. A diferença não se vai fazer, portanto, no meio, mas nos flancos e nas alas. As jogadas de bola parada também serão uma oportunidade para aproveitar o cabeceamento de Wendie Renard.

Para as leoas, há também o risco de evitar as zonas centrais. Sabendo que a França vai pressionar bem alto no campo, procurar um refúgio nos flancos - como fizeram contra a Colômbia- pode ser uma tática a ser adaptada. Se isso acontecer, as francesas terão de enfrentar Sakina Karchaoui e Eve Perisset.

Demonstração de compromisso

O orgulho e a amizade podem estar fora de questão esta terça-feira, mas o excesso de compromisso não é totalmente desajustado. As francesas vão ter que mosrtrar o mesmo desempenho dos últimos dois jogos, ou correro risco de sofrer o mesmo destino dos Estados Unidos. Também com a Inglaterra já eliminada através das grandes penalidades, as Bleus não estão imunes a uma surpresa.

A partida deve ser ainda mais competitiva, já que o técnico marroquino, Reynald Pedros, treinou algumas das jogadoras francesas durante a sua passagem pelo Lyon (2017-2019).

"Ele conhece muito bem a equipa francesa, as jogadoras que teve no Lyon e aquelas contra os quais jogou", disse a avançada Eugénie Le Sommer

Além disso, a força ofensiva de Kadidiatou Diani, a de Le Sommer, a boa forma de Selma Bacha e o dinamismo de Kenza Dali serão importantes para impedir os planos das adversárias.