Depois de a maior parte da equipa espanhola vencedora do Campeonato do Mundo ter sido selecionada para os próximos jogos da equipa nacional, as jogadoras afirmaram que iriam continuar o seu boicote, que surgiu depois de Luis Rubiales ter beijado Hermoso na boca durante a cerimónia de entrega do troféu na Austrália.

Se as jogadoras recusarem a convocatória, poderão ser multados até 30 mil euros e a suspensão da licença da federação por dois a 15 anos, de acordo com a Lei do Desporto espanhola.

O encontro entre Espanha e Suécia no Flashscore

Victor Francos, diretor da agência nacional de desportos da Espanha, disse à rádio SER que, se as jogadoreas não comparecerem, "o governo deverá aplicar a lei".

Hermoso, que não foi convocada para a equipa, disse que as jogadoras foram "apanhados de surpresa" pelas convocatórias e foram forçados a reagir a "outra situação infeliz causada pelas pessoas que continuam a tomar decisões na RFEF".

"Os jogadores têm a certeza de que se trata de mais uma estratégia de divisão e manipulação para nos intimidar e ameaçar com repercussões legais e sanções económicas", afirmou a avançada numa declaração publicada nas redes sociais.

"É mais uma prova irrefutável que demonstra que, ainda hoje, nada mudou", acrescentou.

A federação disse num comunicado no início da segunda-feira que estava convencida da necessidade de "mudanças estruturais" e tinha de esclarecer quem era responsável pelo comportamento que os jogadores tinham trazido à luz.

Montse Tomé, que substituiu Jorge Vilda como treinador da equipa nacional, sugeriu que Hermoso foi deixada de fora da equipa devido à intensa atenção dos meios de comunicação social que recebeu no último mês.

"Estamos com a Jenni... acreditamos que a melhor maneira de a proteger é assim, mas contamos com a Jenni", disse Tomé.

Hermoso deixou no ar uma questão sobre o tema.

"Hoje foi feita uma afirmação de que o ambiente na federação seria seguro para as minhas colegas voltarem a juntar-se, mas na conferência de imprensa foi anunciado que não me iam chamar como forma de me protegerem. Proteger-me de quê? E de quem?", questionou.