Christine Sinclair, que detém o recorde internacional de golos, disse à Canadian Press, na quarta-feira, que a equipa quer resolver a longa disputa antes de embarcar no avião para iniciar a preparação para a competição, a 28 de junho.

"Não chegámos a um ponto em que não vamos apanhar o avião, mas está a chegar o momento em que queremos que tudo se resolva, para que as jogadoras não tenham de lidar com isso enquanto se preparam", disse Sinclair à Canadian Press.

"Mas nós, enquanto equipa feminina, dissemos claramente à CSA (Associação de Futebol do Canadá) que precisamos de um acordo para, pelo menos, o Campeonato do Mundo e este ano, antes de irmos para lá. Acho que isso vai acontecer. Será um acordo a longo prazo? Não. Mas algo será feito antes do início do Campeonato do Mundo", admitiu.

Esta exigência é a mais recente de uma amarga disputa que levou a equipa feminina a ameaçar com ações laborais. Na Taça SheBelieves, nos Estados Unidos, em fevereiro, as jogadoras canadianas faltaram a um treino e ameaçaram boicotar o torneio de quatro equipas.

Jogaram sob protesto, mas prometeram boicotes futuros se as suas exigências em matéria de igualdade salarial não fossem satisfeitas. A equipa está sem um acordo coletivo de trabalho desde 2021, mas concordou com um novo acordo, embora várias questões continuem por resolver.

No Mundial-2023, as campeões olímpicas estão agrupadas com a Austrália, Nigéria e Irlanda. As canadianas, sétimas classificadas no ranking mundial, estreiam-se contra a Nigéria a 21 de julho em Melbourne.

O Canadá qualificou-se para todos os Campeonatos do Mundo, exceto o primeiro, em 1991, tendo como melhor classificação o quarto lugar em 2003.