Montse Tomé foi apresentada na tarde desta segunda-feira como a substituta de Jorge Vilda na roja. Estava previsto que fosse o melhor dia da sua carreira profissional, mas nada podia estar mais longe da verdade. O momento tão aguardado foi adiado devido à falta de entendimento entre a Real Federação Espanhola de Futebol e as jogadoras, que terão de decidir se vão comparecer ou se arriscam uma sanção se ignorarem esta convocatória.

As suas primeiras declarações, com a voz um pouco trémula devido à falta de hábito de se expor publicamente, foram as seguintes: "É um orgulho e um privilégio estar aqui. As melhores jogadoras foram convocadas para enfrentar esta nova competição. Estamos ansiosas por uma nova fase. Tive a sorte de poder escolher a minha equipa técnica e eles deram-me todos os recursos. Vamos criar um ambiente de trabalho profissional e ambicioso".

A asturiana referiu-se ao contexto complexo e às exigências das seleções: "Falei com as jogadoras, mas não vou revelar. Tenho toda a confiança nelas. Penso que estamos rodeados de um grupo incrível. O contador está a zero a partir de hoje". Reconheceu, no entanto, que a situação é "especial e excecional". Na mesma linha, acrescentou que a RFEF "trabalhou" para resolver este problema e que está a apostar numa "boa comunicação".

Além de confirmar que deixou Jenni Hermoso fora da lista para "protegê-la", explicou que sentiu "respeito" e "confiança" de todas as jogadoras internacionais nos últimos anos. A treinadora foi ainda mais contundente quando se tratou de expressar o seu compromisso para o futuro. "Vamos poder ajudá-las a desenvolver a sua profissão como merecem e estamos muito interessadas em fazer parte da mudança", afirmou Tomé.