A equipa de Sondergaard, 13.ª classificada, defronta as campeãs europeias num jogo do Grupo D do Campeonato do Mundo Feminino, com ambas as equipas com três pontos, após vitórias idênticas por 1-0 na jornada inaugural.
"Esperamos poder surpreender. Há um Campeonato do Mundo de quatro em quatro anos, não se tem muitas oportunidades destas na carreira. Seria um pecado mortal não aproveitarmos", afirmou Lars Sondergaard.
Há uma familiaridade entre as duas seleções, disse Sondergaard, com várias das suas jogadoras a atuar em equipas da Superliga Feminina, ao lado ou contra jogadoras inglesas.
Questionado se isso torna a Inglaterra, quarta colocada no ranking, um adversário mais fácil para a sua seleção, o técnico disse: "É mais fácil. Mas, dito isso, não vai ser fácil", ripostou.
Pernille Harder, média do Bayern de Munique, que é fundamental no jogo da Dinamarca, conhece algumas das jogadoras inglesas melhor do que a maioria, em particular Millie Bright, a sua antiga companheira de equipa no Chelsea.
"Já senti a Millie nos treinos", disse Harder, com uma gargalhada.
"Ela está a entrar a 110% nos duelos. É uma grande jogadora. Obviamente, sim, ela é dura. Vai ser difícil, mas vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para lhe dificultar a vida", explicou.
Harder, de 30 anos, disse que a familiaridade não é necessariamente uma vantagem para nenhuma das equipas.
"Ambas as equipas sabem muito uma da outra. Mas, claro, acho que é sempre bom saber quem vamos defrontar. Acho que o facto de algumas das jogadoras da nossa equipa jogarem em Inglaterra... significa que sabemos o que podemos esperar delas. Já jogaram antes. De certa forma, isso pode ser uma espécie de segurança, em comparação com quando jogámos contra a China, em que não tínhamos qualquer ideia sobre as jogadoras", acrescentou.
O jogo de estreia da Dinamarca contra a China foi em Perth, a cinco horas de voo de Sidney. A Inglaterra, por sua vez, abriu a campanha contra o Haiti em Brisbane, a uma hora de voo.
"Acho que vimos (a longa viagem) como um problema antes de virmos para a Austrália, mas agora já nos acostumamos... e acho que viajamos com muito conforto", disse Sondergaard.
"E, pelo menos no treino da manhã, elas pareciam muito bem", acrescentou.