A um dia da véspera do pontapé de saída do Europeu sub-21, o Flashscore revela-lhe seis nomes que podem ganhar outro alento com uma boa exibição na competição, depois de uma temporada aquém das expectativas nos respetivos clubes.
Francisco Conceição (Portugal/Ajax)
Foi uma das transferências surpreendentes do último mercado de transferências de verão. O Ajax pagou cinco milhões de euros para o levar do FC Porto, onde, treinado pelo pai Sérgio, começava a assumir o estatuto de arma vinda do banco.
Canhoto a jogar pela direita é a imagem de um extremo moderno, que aproveita para cortar para o meio tentar provocar o perigo com um passe ou um remate. Contudo, a viagem para Amesterdão não trouxe o impacto esperado ao jogador de 20 anos.
Encontrou um Ajax a atravessar uma das piores épocas da última década e acabou com 28 jogos (seis a titular), um golo e quatro assistências). Com a chegada de Maurice Steijn ao comando da equipa de Amesterdão, o português quer aproveitar o Europeu para reclamar mais tempo de jogo.
Será uma das peças importantes para Rui Jorge sendo um dos poucos que repete a presença num Euro sub-21, depois de em 2021 ter visto o título escapar na final com a Alemanha. Para já terá de se concentrar em ajudar Portugal a ultrapassar Geórgia, Países Baixos e Bélgica, no Grupo A.
Mykhailo Mudryk (Ucrânia/Chelsea)
Um dos rostos do frenesim de contratações do Chelsea no primeiro ano sob a vigência de Todd Boehly. Cobiçado pelo Arsenal, o jogador de 22 anos foi mesmo parar a Londres, mas a Cobham, com os blues a pagarem 70 milhões de euros ao Shakhtar Donetsk.
Extremo rápido e irreverente, prometeu com a estreia diante do Liverpool, onde mostrou alguns lampejos da qualidade técnica que levou ao braço de ferro entre os dois rivais londrinos, mas acabou por ter uma época desastrada. Somou 17 jogos (foi titular em oito) e fez apenas duas assistências. Foi um dos símbolos de uma temporada para esquecer em Stamford Bridge, com o clube a acabar na segunda metade da tabela e com quatro treinadores diferentes.
Parte agora para o Euro sub-21 como uma das principais figuras da Ucrânia e é a principal esperança do país numa altura delicada. Está inserido no Grupo B onde terá pela frente a Roménia, Espanha e Croácia.
Charles De Ketelaere (Bélgica/AC Milan)
Uma das primeiras contratações do AC Milan recém-coroado campeão italiano, o médio belga de 22 anos chegava à Serie A por 35 milhões de euros após uma época estratosférica no Club Brugge (18 golos e 10 assistências em 49 partidas).
Contudo, o médio sentiu notórias dificuldades de adaptação ao futebol italiano. Somou 40 jogos (apenas foi titular em 13) e fez três assistências. Só por uma vez fez uma partida completa e quase sempre provocou frustração nas bancadas rossoneri com um estilo de jogo que parecia completamente desligado do resto da equipa.
Convocado por Roberto Martínez para o Mundial-2022, já soma 12 internacionalizações pela seleção principal da Bélgica. Chega ao Europeu sub-21 como uma das figuras da equipa e poderá aproveitar esse estatuto para dar outro nível a um conjunto belga que está no Grupo A, onde vai medir forças com Geórgia, Portugal e Países Baixos.
Ryan Gravenberch (Países Baixos/Bayern)
É mais um dos prodígios a sair da Academia De Toekomst, o viveiro de talentos do Ajax. Após três títulos consecutivos em Amesterdão, o médio de 21 anos mudou-se no início da temporada para Bayern, a troco de 18,5 milhões de euros.
Contudo, o primeiro ano na Baviera não foi decerto o que esperava, isto mesmo tendo em conta que à sua frente tinha nomes como Kimmich ou Goretzka. Disputou 33 jogos pelo conjunto de Munique, mas foi titular em apenas seis e nunca cumpriu os 90 minutos. Somou um golo e uma assistência, ambos no mesmo jogo: o triunfo contra o modesto Viktoria Koln (5-0), na primeira eliminatória da Taça da Alemanha.
Internacional pela equipa principal dos Países Baixos em 11 ocasiões, já participou no Campeonato da Europa de 2020. Chega com a grande figura da jovem Laranja Mecânica e será a ele que Erwin van de Looi deverá entregar as chaves do jogo ofensivo neerlandês. Deverá aproveitar o Europeu para reforçar os pedidos que tem feito para somar mais minutos na Baviera.
Smith Rowe (Inglaterra/Arsenal)
Depois de duas épocas a bom nível pelo Arsenal, Emile Smith Rowe teve um 2022/23 para esquecer. Várias lesões reduziram o criativo médio de 22 anos a apenas 14 jogos (todos como suplente utilizado) por um Arsenal que conseguiu o segundo lugar e o regresso à Liga dos Campeões.
Chega ao Europeu sub-21 depois de ter feito uma assistência na última jornada da Premier League e moralizado para reencontrar a forma física antes de regressar ao clube. Volta a participar na competição depois de 2021 e vai tentar ganhar a confiança de Lee Carsley, num grupo em que Inglaterra tem de ultrapassar República Checa, Alemanha e Israel.
No apuramento foi decisivo ao garantir as vitórias sobre Andorra e os checos, que permitiram confirmar a presença na edição deste ano. Espera confirmar esse estatuto novamente na fase principal.
Illan Meslier (França/Leeds)
Considerado um dos talentos das balizas para os próximos anos, Illan Meslier teve uma temporada para esquecer ao serviço do Leeds. Com 23 anos, o guarda-redes terminou a Premier League como o guardião mais batido (67 golos em 34 jogos) e perdeu a titularidade para o experiente Joel Robles com a chegada de Sam Allardyce ao comando técnico dos peacocks.
O Euro sub-21 chega como uma oportunidade para Meslier voltar a afirmar a qualidade que muitos lhe reconheciam. Com contrato até 2026 e com o futuro indefinido no emblema recém-despromovido ao Championship sabe que uma boa participação na prova pode valer-lhe um salto para outro patamar competitivo.
Contudo, não terá tarefa fácil. Se é certo que é o mais conceituado dos três guarda-redes convocados por Sylvain Ripoll, tem de bater a concorrência de Lucas Chevalier que se afirmou como titular do Lille esta temporada.
